Borges desafia clima, horas e quilómetros
Chegou ontem de Melbourne, fica a recuperar três dias no CAR e, no domingo, viaja para a gélida Finlândia, onde disputa a escaldante Taça Davis
Bronzeado, cansado, mas feliz por ter mostrado “ser capaz de competir com os melhores”, não tem tempo para desfrutar dos “oitavos” da Austrália. Agora, é recuperar antes de um exigente mês de fevereiro.
A comemoração junto da família e dos amigos, na Maia, vai ter de esperar, porque o Lidador anda numa roda viva e, se tudo correr bem, só volta a casa em abril e para iniciar a preparação da campanha na terra batida, que arranca no Estoril. Nuno Borges aterrou, ontem à noite, em Lisboa, após quase um dia a viajar, desde Melbourne e da escala no Dubai, ao cabo de 18 mil quilómetros.
Na capital, foi surpreendido pelos amenos 18 graus e, neste capítulo, não terá de preocupar-se, vindo do calor australiano. As atenções centram-se na adaptação ao nosso fuso horário, depois de quatro semanas a viver meio dia adiantado. Há tempo de sobra para acertar os ponteiros e, até sábado, faz recuperação física no CAR do Jamor, recomeçando na próxima segunda-feira, já em Turku, na Finlândia.
A Seleção Nacional parte no domingo à tarde para a * ronda da Taça Davis, que coloca o vencedor na fase de grupos das Finals, e o primeiro treino em court será feito no dia seguinte, na Gatorade Arena.
Concluída essa participação coletiva (2 e 3 de fevereiro), o maiato volta a Lisboa e, volvidos quatro dias, viaja para a Florida, onde inicia, em Delray Beach, a série de seis torneios que inclui ainda Los Cabos (na semana em que Borges faz 27 anos) e Acapulco, no México, e os Masters de Indian Wells e Miami, de novo nos Estados Unidos. No dia 2 de abril, tem hora marcada no Estádio Millennium, palco do primeiro encontro no Estoril Open e como candidato ao título. “Comecei a carreira um
“Provei que, estando bem, consigo competir com os melhores. Muita coisa tem de bater certo e vou à procura de mais” Nuno Borges Número 47 do ranking ATP (virtual)
bocadinho mais tarde e é normal que os resultados comecem a aparecer mais agora e não há três anos, quando estava tudo a começar”, lembrou, ontem, no aeroporto Humberto Delgado, apontando a desempenhos ainda melhores do que mostrou no Happy Slam.