O Jogo

Mira desafinada a níveis raros

A nível interno, só com Moreirense (0-0) e Farense (1-1) as águias tiveram pior relação golo/remate

- MARCO GONÇALVES

Os 22 remates com o Estoril na meia-final da Allianz Cup foram o quarto maior registo da temporada, numa partida em que o domínio ficou expresso nos ataques posicionai­s e nos cantos. Mas sem golos.

O Benfica falhou o objetivo de lutar na final pela conquista da Taça da Liga ao ser eliminado, nos penáltis diante do Estoril, num jogo em que a falta de pontaria saiu cara à equipa de Roger Schmidt. A nível interno, nos 25 desafios realizados, apenas por duas ocasiões as águias revelaram uma mira mais desafinada do que em Leiria na passada quarta-feira. Isto porque os encarnados dispararam por 22 ocasiões e marcaram apenas um golo (4,5 por cento de eficácia). Pior somente com o Moreirense, jogo em que ficaram a zeros (empate 0-0) e com o Farense, na Luz, partida na qual os pupilos de Roger Schmidt fizeram 36 remates e finalizara­m de forma certeira por uma vez, não conseguind­o melhor do que um empate a uma bola e com uma eficácia de apenas 2,8 por cento.

A meia-final da Allianz Cup foi o quarto jogo da época com mais disparos das águias, superado pelos já referidos 36 ante o Farense, e ainda pelos 28 com o Estrela da Amadora (2-0)e23comoBoa­vista(2-0), na partida anterior. Quanto a golos esperados, é também o quarto maior registo (3,05), superado pelo empate com os algarvios (6,58) e pelos triunfos ante Estrela (3,93) e... Estoril (3,13), no embate disputado no Estádio António Coimbra da Mota e ganho pelo Benfica apenas perto do final e por 1-0.

A falta de eficácia foi, no final, lamentada por Roger Schmidt: “Era necessário termos sido mais eficazes. Falhámos chances e por isso tivemos de ir aos penáltis.”

Depois de ver a equipa da Linha abrir o marcador aos 16’, o conjunto benfiquist­a ganhou o domínio do jogo, fechando a partida com 51 ataques posicionai­s, naquele que foi o segundo desafio com mais situações neste capítulo, atrás dos 56 ante o Farense. Nos cantos houve também números elevados, com 16 (os quais originaram sete remates), atrás dos 18 com o Famalicão.

“Era necessário termos sido mais eficazes. Falhámos chances” Roger Schmidt Treinador do Benfica

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Di María foi um dos que mais remataram no Benfica, com cinco tentativas

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