INGRESSOS À VENDA E BOICOTES
A inesperada final da Taça da Liga entre Braga e Estoril já arrancou, no que respeita à venda de bilhetes, anunciado com o atrativo do campeão de inverno. Os adeptos podem garantir lugar no Magalhães Pessoa, em Leiria, através de aquisição de ingresso na bilheteira online, na Fan Zone, instalada na cidade do Lis, não esquecendo os processos de venda dos clubes nos seus lugares habituais, a partir dos 10 euros. As claques do Braga reforçaram já boicote à final.
Os dois médios reconhecem ligações aos dois clubes, recordam amigos nas duas casas e convergem na preferência, se obrigados a cantar um amor maior. Estoril prevalece pela condição de outsider.
Estão distantes geograficamente e nunca conheceram razões de uma aproximação afetiva, mas as boas relações entre as instituições estão vincadas no empréstimo vigente de Rodrigo Gomes ao Estoril. Esta final da Taça da Liga,comquemninguémcontava e deixou muitos boquiabertos, gerou ondas de felicidade. Caso de Filipe Gonçalves, vencedor da prova no arranque, em 2007/08, pelo V. Setúbal. Um dos desfechos improváveis, o outro foi protagonizado pelo Moreirense, precisamentediantedoBraga. O antigo médio, agora treinador, viveu duas épocas em Braga no início da carreira, e também duas, de maior protagonismo, no Estoril. “Não me surpreende. Vejo duas equipas muito bem orientadas, com excelentes jogadores. Vamos ter um Braga já habituado a disputar títulos, com qualidade acima da média, e em crescimento sustentado, que o torna candidato. O Estoril do Vasco Seabra tem sido uma grande surpresa, a qualidade melhorou a olhos vistos. Antevejo uma equipa galvanizada por ser outsider. Aponto ligeiro favoritismo do Braga”, frisou, orgulho deste desfecho. “É fantástico que estejam outros nas decisões, uma lufada de ar fresco numa prova com maior envolvência.”
João Gamboa também cruza os seus amores: iniciado como sénior na Pedreira e nuclear no Coimbra da Mota, fazendo 92 jogos em duas épocas, entre 2021 e 2023, transferindo-se recentemente para os polacos do Pogon. “O Braga já faz parte dos grandes de Portugal e pode jogar olhos nos olhos com eles. O Estoril tem uma realidade diferente e, como tal, foi surpreendente”, realçou o trinco poveiro, que tem companheiros espalhados pelas duas casas, medindo as estratégias que serão levadas para o campo.
“Imagino o Braga mais dominador e a tentar controlar o jogo e um Estoril muito bem organizado, com grande espírito de equipa, à espera de um erro para ferir”, sublinhou.
Filipe Gonçalves puxa também pelos laços sentimentais que o unem aos finalistas.
“O João Cardoso e o Eduardo, da equipa técnica do Braga, jogaram comigo; o Eduardo teve a particularidade de estar comigo na conquista da Taça da Liga pelo V. Setúbal . No Estoril, tenho uma ligação praticamente familiar ao team manager, Vasco Varão. Meu compadre, pessoa que visita a minha casa, padrinho do meu filho”, sublinhou, procurando fintar uma preferência. “Não quero torcer por ninguém, mas posso confessar empatia maior pelo Estoril por ser o outsider. Horta e Guitane dão o sinal mais às equipas”, disse. E Gamboa corrobora a ideia. “Gosto das duas equipas! Que possam dar o melhor e chegar ao fim sem arrependimentos. A escolher alguém, o Estoril, porque seria algo histórico, pois o Braga já sabe o que é vencer esta competição. Espero um papel decisivo dos guarda-redes e foram ambos meus colegas: Matheus e Dani Figueira”.