Rainha Aryna defende a coroa
De novo na final do Open da Austrália, defronta Zheng, a pérola chinesa que treina em Barcelona
Líder do ranking WTA durante curtas oito semanas, entre setembro e novembro do ano passado, Aryna Sabalenka quer voltar a destronar a polaca Iga Swiatek e dará um passo importante caso se sagre bicampeã do Open da Austrália. A jogadora de Minsk, 25 anos, residente em Miami, parte como favorita ante Qinwen Zheng, de 21, que afastou Dayana Yastremska, “evitando”, assim, uma final entre ucraniana e bielorrussa. Porém, isso não seria motivo de alarido, visto Sabalenka já se ter manifestado pró-Ucrânia e não desejar voltar às origens, enquanto perdurar o regime de Lukashenko.
Aryna e Qinwen já mediram forças, há quatro meses, no US Open e a número dois mundial impôs-se, 6-4 e 6-1, mas a asiática está em clara progressão. Para além da primeira presença numa final do Grand Slam, garante a entrada no top-10, sucedendo à compatriota Na Li. No torneio masculino, os finalistas saíram dos encontros: Novak DjokovicJannik Sinner e Daniil Medevdev-Alexander Zverev. tirarmos todos estes fica… PORTUGAL. Isto quer dizer que o nível de preparação, compromisso, entreajuda, amor ao país, tem de ser muito maior entre nós. Tudo joga contra, menos a vontade e a ambição.
Estes atletas são mesmo uns HERÓIS. Estamos perante um conjunto de homens que vestem a camisola de Portugal, que sofrem e festejam, que cantam e choram, que têm emoções e sentimentos, e que em campo são os maiores profissionais que alguma vez conheci. O capitão Rui Silva é exemplo dessa atitude, desse compromisso de todos. O selecionador nacional Paulo Pereira e a nossa equipa técnica interpretam da melhor maneira, e com o maior grau de exigência, o sentimento de um país. Nunca me esqueço de que, para aqui chegarmos, milhares de atletas, treinadores, dirigentes e árbitros, e dezenas de jogadores que passaram pela Seleção Nacional, tiveram um papel fundamental nesta história. Uma comunidade imensa de pessoas, na maioria anónimas, que à hora dos jogos páram para ver, porque também são a nossa Seleção. Todos estão de parabéns.
Com esta magnifica prestação vamos para o último passo de acesso aos Jogos Olímpicos, o maior dos maiores eventos desportivos. Venha daí PARIS 2024!
Se entre 2020 e 2024 tivemos seis presenças consecutivas em competições internacionais, vamos continuar a querer mais – este ano, para além dos Olímpicos, desejamos a presença no próximo Mundial.
Com estes resultados não terá chegado a altura de o País olhar de outra forma para as modalidades que têm este sucesso?
* Presidente da Federação de Andebol de Portugal