O Jogo

Como não acreditar no futebol?

- Jogo final Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

A final four da Taça da Liga já nos ofereceu dois grandes espetáculo­s e a sensação redentora de que é sempre possível acreditar na capacidade que o futebol tem para surpreende­r.

Há qualquer coisa de redentor nesta final da Taça da Liga que vai colocar Braga e Estoril frente a frente pelo primeiro troféu de temporada. Quer dizer, como não acreditar no futebol se, mesmo numa competição desenhada à medida para servir aos grandes, há espaço para trombas gigantes, perdão, tomba gigantes reescrever­em o guião? Há poucos dias faziam-se contas aos dérbis entre Benfica e Sporting que se podiam disputar nos próximos tempos: era um na Taça da Liga, mais dois nas meias-finais da Taça de Portugal, o que falta disputar no campeonato e, no limite, até um eventual duplo encontro entre as duas equipas na Liga Europa. Pois bem, o Taça da Liga já não entra nas contas e até serve de aviso: em futebol ninguém ganha de véspera e normalment­e são os obstáculos mais pequenos a provocar as quedas mais espetacula­res. De resto, esta final inesperada acaba por ter um significad­o ainda mais simbólico tratando-se da última que se vai disputar no atual formato. O próximo, desenhado para acomodar as alterações ao calendário internacio­nal, vai ser ainda mais condensado, limitando os participan­tes aos seis primeiros classifica­dos da I Liga e aos dois líderes da II Liga. Por outras palavras, haverá ainda menos espaço para que aconteçam surpresas. Por exemplo, o Estoril, finalista desta edição, pode vencer a Taça da Liga e não ter condições para defender o título no próximo ano. Mas essas são preocupaçõ­es para mais adiante. Agora mesmo, faz sentido sublinhar a qualidade, a imprevisib­ilidade e a emoção dos dois jogos que a final four já proporcion­ou e esperar que a final de amanhã seja mais do mesmo. Por outras palavras, que a melhor equipa ganhe. *

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