O Jogo

Uma recandidat­ura inevitável

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

Depois de tudo o que tem dito ao longo das últimas semanas, era evidente que Pinto da Costa seria candidato à sua própria sucessão como presidente do FC Porto.

Não se pode dizer que a confirmaçã­o da recandidat­ura de Pinto da Costa à presidênci­a do FC Porto seja exatamente uma surpresa. Na verdade, tudo o que o presidente portista disse nas últimas semanas apontava nesse sentido. “Então os nossos inimigos é que apoiam um candidato para o meu clube? Aqui há gato…” ou “quando eu vejo uma pessoa que quer ser presidente, porque é uma obsessão que tem, isso não é servir o FC Porto” são o tipo de frases que deixam pouca margem para dúvidas quanto à intenção de se recandidat­ar e, sobretudo, de se recandidat­ar contra André Villas-Boas. Ora, nem de propósito, no pequeno manifesto que acompanha o convite aos sócios e adeptos para estarem presentes no lançamento do projeto “Todos pelo Porto” identifica­m-se algumas ideias muito parecidas com aquelas que têm sustentado a argumentaç­ão da oposição. Fala-se num projeto de renovação, numa equipa de gestão contemporâ­nea e no compromiss­o de assegurar a sustentabi­lidade financeira do clube. Claro que as únicas conclusões que se podem retirar de um texto tão curto são forçosamen­te precipitad­as. Haverá quem leia nele o reconhecim­ento de que nem tudo tem corrido bem e que é preciso “renovar” alguma coisa. E haverá quem conclua que Pinto da Costa prepara uma limpeza de balneário, com a “renovação” da equipa diretiva que o acompanha para dar lugar a uma “gestão contemporâ­nea” que garanta a “sustentabi­lidade financeira” do clube, assim como quem trata de esvaziar os argumentos mais fortes da oposição e de responder às principais preocupaçõ­es dos associados. Claro que certezas, só no dia 4 de fevereiro, quando Pinto da Costa apresentar o projeto “Todos pelo Porto”.

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