O Jogo

Artur Jorge “Não havia troféu mais importante”

Treinador bracarense explica como convenceu jogadores Admitindo estar na “cadeira de sonho”, o técnico revelou que sentiu alívio após as grandes penalidade­s

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

“Extremamen­te contente por ter contribuíd­o com um troféu para a história do Braga”, resumiu Artur Jorge, admitindo ter sentido “um grande alívio” quando Tiago Araújo falhou o penálti decisivo, “porque as coisas estavam difíceis”, depois de um “jogo muito repartido.” “Felizmente, treinámos, insistimos, preparámos este momento e os primeiros cinco homens fizeram golo, criando desconfort­o no adversário”, comentou o treinador arsenalist­a, em conversa com a Sport TV, lembrando que “o início do mês de janeiro foi muito difícil”, mas que o percurso da equipa “não podia ser avaliado apenas por uma ou duas semanas.” “Já fizemos coisas muito boas nesta temporada”, vincou, após mais uma conquista.

Ciente de que “em termos mediáticos o Braga era considerad­o favorito e que teria a obrigação de vencer” o Estoril, Artur Jorge confirmou que teve “o cuidado de gerir as expectativ­as internamen­te e junto da massa associativ­a.” “Não sei se foi por causa disso, mas tivemos 10 minutos desastroso­s na primeira parte. Com o golo a coisa estabilizo­u”, notou o técnico bracarense, levantando um pouco o véu da palestra pré-jogo. “Estava muita gente à minha frente que tinha ganho muita coisa, troféus importante­s,

mas disse-lhes que não havia troféu mais importante do que aquele que podíamos ganhar, e que era essa ambição que tínhamos de colocar no campo”, desvendou.

Convicto de que está “na cadeira de sonho”, Artur Jorge confessou ter sonhado “muitas vezes” com a “possibilid­ade de escrever o nome” na conquista de um troféu. “Como jogador nunca ganhei nada, mas como treinador as oportunida­des têm surgido”, afirmou. “O

“Treinámos, insistimos, preparámos os penáltis e os primeiros cinco fizeram golo”

“Como jogador nunca ganhei nada, mas como treinador as oportunida­des têm surgido” Artur Jorge Treinador do Braga

que mais quero enquanto treinador não é um jogador muito habilidoso, rápido, muito bom no toque de bola, mas inteligent­e e que perceba o jogo. Isso é fundamenta­l”, sustentou, mostrando-se determinad­o em continuar a correspond­er à “exigência diária e constante” de António Salvador “com seriedade, trabalho e com dedicação”.

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O primeiro título no álbum de Artur Jorge

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