O Jogo

Faro é teste à blindagem

Azuis e brancos atravessam uma sequência inédita de três jogos sem sofrer golos esta temporada

- FRANCISCO SEBE

FC Porto não passava tanto tempo com a baliza inviolada desde abril do ano passado. Para encontrar quatro partidas nessa condição, é preciso recuar até aos meses de janeiro e fevereiro de 2023.

As recentes boas exibições do FC Porto não se justificam apenas pelo que a equipa tem feito no ataque. É certo que o número de golos marcados impression­a – 11 nos últimos três jogos –, mas, a defender, também vai dando provas de uma solidez que ainda não se tinha visto na temporada em curso. Contra

Estoril, Braga e Moreirense, Diogo Costa não teve de ir buscar a bola ao fundo da baliza em qualquer ocasião, algo inédito em 2023/24. Agora, o objetivo para a partida com o Farense passa por elevar a fasquia até aos quatro encontros, o que, no reino do Dragão, não acontece há praticamen­te um ano.

Entre 21 de janeiro e 8 de fevereiro de 2023, o FC Porto esteve seis desafios consecutiv­os sem sofrer golos. Uma fase que coincidiu com um dos melhores momentos dos azuis e brancos na época transata e que, pode dizer-se, vai-se replicando agora. Não sendo justificaç­ão única, um dos fatores que ajuda a explicar a atual blindagem portista assenta na estabilida­de do setor recuado. À frente de Diogo Costa, João Mário, Pepe, Fábio Cardoso e Wendellcim­entaram-secomo quarteto defensivo. É certo que também alinharam os quatro no empate (1-1) com o Boavista, mas, desde então, não tremeram mais.

A partida no São Luís perfila-se, portanto, como um repto à estabilida­de da defesa do FC Porto, que parece ter reencontra­do em definitivo a receita do bom futebol. E os alicerces começam a ser erguidos desde trás, faltando a “prova dos nove”. Ou, neste caso, dos quatro...

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Fábio Cardoso fixou-se no quarteto defensivo com João Mário, Pepe e Wendell

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