FAMÍLIA DA EFAPEL CONTINUA A CRESCER
José Azevedo quer lutar sempre “pelo primeiro lugar” e apresentou equipas em todos os escalões, num total de 46 atletas
“Ética” voltou a ser uma palavra forte na apresentação da equipa que encerrou a época passada como 122.ª mundial e segunda nacional, caprichando na formação de um “projeto único”, diz o seu mentor.
Foi mais uma vez em Serpins, na sede da Efapel, que se apresentou a equipa de um dos patrocinadores mais antigos do ciclismo nacional, mas que vai para a terceira época de um projeto novo, liderado por José Azevedo, único diretor-desportivo português que esteve no World Tour. A equipa profissional continua a ter 11 corredores, cinco deles novos e dois sonantes, o jovem Abner Gonzalez, porto-riquenho que chega da Movistar, e o colombiano Santi Mesa, sprinter que na época passada somou dois triunfos pela Kelly-Simoldes. A equipa principal continua a ser o topo de uma grande família, pois a Efapel estará em quase todos os escalões, totalizando 46 ciclistas e quase 60 pessoas.
“Temos o pensamento no futuro. Este é um projeto único no ciclismo nacional, com cerca de 50 atletas, uma estrutura que deixa a sua marca no ciclismo nacional. Esperemos que 2024 seja o continuar de um crescimento que tem sido evidente”, destacou José Azevedo, que pretende “lutar em todas as provas pelo primeiro lugar, pois é esse o ADN da equipa”. Mas com uma ressalva: “A ética, a defesa dos valores do engenheiro Américo Duarte, que com eles construiu a sua empresa”.
O elogio ao patrocinador não era um acaso. Américo Duarte tinha defendido, momentos antes, que pretende “resultados melhores do que os do ano passado, apenas isso”. “Não quero vitórias a troco da desonestidade”, acrescentou. Azevedo viu na última época “uma mudança para melhor, competindo a todos que o ciclismo siga este rumo”.
Mais internacional, ao ter cinco estrangeiros, e somando González e António Ferreira a Henrique Casimiro, Joaquim Silva e Tiago Antunes, o trio que luta por gerais, a Efapel pensa a longo prazo e Azevedo, que já esteve em Tour, Giro e Vuelta, não tem pressa para regressar às grandes corridas. “O meu presente é esta equipa. Não sei se o futuro nos levará a essas provas, mas estou contente com o que somos hoje”, garantiu.
“Há princípios de ética que não abandonamos. Temos de passar a imagem correta do ciclismo” José Azevedo Diretor-desportivo da Efapel