O Jogo

Fim a três meses de jejum

Contundent­e na primeira parte, o Portimonen­se cerceou os movimentos de um Boavista que arrebitou apenas após o intervalo, já com uma larga desvantage­m para recuperar

- CRISTINA AGUIAR

Foi um jogo de nervos para o Boavista, que demorou a desfazer o nó montado por um meio-campo dominado por Carlinhos e um ataque letal. Os algarvios voltaram a vencer fora de casa após longa pausa.

oPortimone­nsenãosabo­reava uma vitória fora. O jejum terminou ao fim de cinco derrotas na condição de visitante, aplicando o mesmo resultado (4-1) que sofrera, em casa, frente ao Boavista. A vingança é um prato que serve frio, já diz o ditado. Para os axadrezado­s, foi um jogo de nervos, principalm­ente na primeira parte. O sofrimento aumenta e a espera por um triunfo em casa mantémse desde setembro.

Paulo Sérgio surpreende­u com a estreia a titular de Hildeberto, reforço de inverno, e com uma linha defensiva renovada. Uma aposta bem sucedida,porqueoata­que,apoiado por Carlinhos, ganhou fôlego e o meio-campo apertava os espaços aos criativos do adversário. A estratégia dos algarvios quebrou o discernime­nto na preparação dos movimentos ofensivos do Boavista. E os adeptos da casa não estavam a gostar e ficaram mais desagrados depois do primeiro golo, da autoria de Hélio Varela, facilitado pela defesa e pelo guardarede­s, João Gonçalves.

Estava tudo a correr bem nas transições ofensivas do Portimonen­se e também nas recuperaçõ­es. Foi, aliás, de uma perda de Reisinho que nasceu o 0-2, num contra-ataque de Hildeberto, a assistir Jasper. O Boavista tentava reagir, mas encontrou um Nakamura resistente na baliza. Do outro lado, a energia não se esgotava, até que Carlinhos, de livre, dilatou para 3-0. A primeira parte fechou com um tiro ao poste de Reisinho.

O intervalo fez bem aos axadrezado­s. Revitaliza­dos pela “Na primeira parte faltou atitude, determinaç­ão e concentraç­ão. Sabíamos que corríamos riscos se não fossemos fortes na reação à perda da bola. A segunda parte foi melhor, acertámos pormenores, fomos superiores. Quando não somos capazes de traduzir as intenções, acabamos por pagar uma fatura muito alta” entrada de Bruno Lourenço e, depois, de Luís Santos. Nakamura continuava a travar tudo e os centrais apertavam Bozenik. A esperança voltou com o cabeceamen­to de Makouta, na sequência de um canto da esquerda de Tiago Morais. O Portimonen­se esforçou-se por gerir a situação e mostrou eficáciano­contra-ataque,fechando com um grande golo de Luan.

“Na primeira parte faltou atitude e concentraç­ão”

“Só deixaríamo­s fugir a vantagem se desaparecê­ssemos”

“Subimos o Carlinhos e fizemos os centrais crescerem no meio-campo contrário. Quiçá isso surpreende­u o Boavista. Com uma vantagem de 0-3, só deixaríamo­s fugir a vantagem se desaparecê­ssemos de campo, ou se relaxássem­os. Na segunda parte, fizemos a gestão da vantagem.”

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Jasper festeja o segundo golo do Portimonen­se no Bessa
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Ricardo Paiva Treinador do Boavista
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Paulo Sérgio Treinador do Portimonen­se

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