O Jogo

PRIMEIRO UM SUSTO, DEPOIS FOI DE BICICLETA

GOLEADA Estrela da Amadora marcou primeiro, mas sofreu dois golos a acabar a primeira parte, diante de um Benfica que entrou muito forte após o intervalo

- Textos MANUEL CASACA

A recuperar do afastament­o da final da Taça da Liga, o Benfica conseguiu a reviravolt­a no marcador, num jogo em que Roger Schmidt mexeu bem ao intervalo, trocando Kokçu por Florentino.

O Benfica precisou apenas ●●● de pegar na bicicleta de Arthur Cabral para regressar a casa com os três pontos na bagagem. O brasileiro, que chegou a ser muito criticado, pode tornar-se num caso de estudo, porque, de patinho feio, começa a virar herói em vários momentos, quando a tarefa se afigura mais complicada. Foi o que aconteceu ontem.

O Estrela da Amadora até inaugurou o marcador, através de um golo de Léo Jabá, que beneficiou de uma fífia gigantesca de Trubin, uma espécie de frango, e até estava confortáve­l no jogo quando o Benfica empatou por intermédio de Arthur Cabral. Um golo que surgiu nos instantes finais da primeira parte, numa altura em que a equipa de Sérgio Vieira dava a sensação de estar a fechar bem os espaços, com as linhas muito juntas, num 3x4x3 que se transforma­va rapidament­e num 5x4x1 a defender. Nessa altura, com pouco espaço para criar perigo, o Benfica também não mostrava intensidad­e, criativida­de e poucas eram as trocas posicionai­s. Eram uma presa fácil para a equipa amadorense que sabia que, em última instancia, quando as paredes pareciam ruir, aparecia Rúben Brígido a dar uma mãozinha.

Ficou a sensação que o Estrela da Amadora iria para o intervalo a ganhar, tentando aproveitar, na segunda parte, os espaços nas costas da defesa encarnada, algo que já tinham tentado, com sucesso, no primeiro tempo. No entanto, aos 44’, a casa veio mesmo abaixo. Arthur Cabral pegou na bicicleta e iniciou a reviravolt­a, tornando-se ainda fundamenta­l pouco minutos depois ao assistir Rafa para o segundo golo.

A ganhar por 2-1, Roger Schmidt não esperou e, ao intervalo, trocou Kokçu por Florentino. A resposta não tardou. O médio português entrou muito bem, deu velocidade ao futebol dos encarnados, recuperou bolas, cortou linhas de passe e encurtou espaços.

O terceiro golo do Benfica não tardou, desta feita como resultado de uma bola parada, num canto apontado por Di María a que Arthur Cabral, sempre ele , deu seguimento com um cabeceamen­to à trave. Na recarga, Otamendi, que tinha cometido alguns erros atrás, redimiu-se e marcou.

A perder por 3-1, Sérgio Vieira não atirou a toalha ao chão. Além de operar diversas alterações, trocou o 3x4x3 pelo 4x4x2, numa tentativa de marcar um golo que lhe permitisse discutir o jogo. Aos 59’, Omorwa esteve mesmo para reduzir para 3-2, mas Trubin

voou e fez uma defesa sensaciona­l.

O Benfica percebeu que um golo do Estrela da Amadora iria certamente motivar o adversário e começou a baixar o ritmo de jogo, trocando a bola com certeza no passe. A missão ficou ainda mais complicada para a equipa da casa porque, aos 71’, Regis viu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Mesmo a jogar com menos um, o Estrela da Amadora nunca baixou os braços, tentando tudo para espreitar o ataque. No entanto, já no período de descontos, o Benfica consumou a goleada com um golo saído do banco, num lance em que David Neres aproveitou um mau passe de Pedro Sá e não perdeu tempo, oferecendo o golo a Marcos Leonardo. O avançado não perdoou e marcou o terceiro golo em quatro jogos pelas águias.

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Rollheiser estreou-se e Neres entrou para assistir

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