“Duvido que racismo seja erradicado”
Internacional português do Milan afirma ser obrigatório lutar contra situações como a vivida por Maignan. Lança biografia em fevereiro Otimista por natureza e filosofia de vida, o avançado luso salientou a união do grupo “rossonero” em torno do guardião a
Entrevistado num programa televisivo italiano, Rafael Leão lembrou o episódio vivido pelo companheiro de equipa Mike Maignan, na vitória do Milan em casa da Udinese (3-2), para abordar a questão do racismo. “Ele ficou irritado e não queria jogar, porque esta não foi a primeira vez que isto aconteceu, mas nós ficámos do lado dele. É triste para ele e para todos os jogadores negros, temos de lutar contra o racismo todos os dias e agradecemosaoMilanpeloquefez. Temos de lutar. Infelizmente, duvidoqueoracismosejacompletamente erradicado, mas temosdelutarnamesma”,afirmou o internacional português em direto no programa “Che tempo che fa”.
Na referida partida, que foi suspensa durante cerca de dez minutos, o guardião francês queixou-se de insultos racistas por parte de cinco adeptos da Udinese e recolheu mesmo aos balneários. A Udinese puniu, depois, os referidos adeptos com irradiação, tendo por
sua vez sido castigada com um jogo à porta fechada.
Nomesmoprograma,oavançado luso dos “rossoneri” falou sobre o livro autobiográfico quevailançarnopróximomês. “Eu gosto de sorrir e de responder às pessoas com otimismo, é assim que encaro a vida. Esta é a minha forma de dizer que não preciso de usar palavras, posso sorrir. Talvez pudesse ter esperado um pouco mais antes de escrever um livro, mas queriaqueaspessoasconhecessem o meu lado pessoal, para que possam perceber como realmente
sou”, explicou.
Deixando palavras de gratidão a Paolo Maldini e Ibrahimovic pela forma como o acolheram quando ingressou no Milan, Leão afirmou nunca ter pensado deixar o clube e recordou a conquista do título e eleição de melhor jogador do campeonatoem2021/22:“Foi muito emocional, nunca irei esquecer esse dia. Tínhamos muita certeza que iríamos ganhar, lembro-me que fiquei em lágrimas debaixo da Curva Sud [bancada de San Siro], junto dos meus pais”.
“É triste para ele [Maignan] e para todos os jogadores negros, temos de lutar contra o racismo todos os dias”
Rafael Leão Avançado do Milan