O Jogo

“Francisco está mais maduro e alegre”

Lateral do Zurique sente que a experiênci­a no Ajax fez o extremo portista “crescer muito”

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Saída para Alc'ochete, revela Rodrigo, já havia sido difícil para Francisco, que tem no trabalho o ponto mais valioso.

Reeditar a dupla com o Francisco na equipa A fazia parte dos vossos sonhos?

—Sim, fazia. Jogar com o meu irmão já foi um sonho tornado realidade. Quem sabe e quem jogou contra nós sabia que era complicado. Gostava muito de ter tido essa oportunida­de na equipa A. Podia ter acontecido este ano como no ano passado, mas seguimos caminhos diferentes. Não foi possível, mas um dia nunca se sabe. Pode ser que aconteça. Gostava muito.

Como tem visto o desenvolvi­mento dele?

—A qualidade dele é inigualáve­l. Não me surpreende, porque trabalha e dedica-se ao máximo à profissão e tem demonstrad­o nos últimos anos, na curta carreira que ainda tem, que o trabalho é o ponto mais valioso que tem. Se trabalhar no máximo, se se dedicar e o foco for esse, consegue ser dos melhores do mundo.

Depois da experiênci­a que viveu no Ajax, sente que está com outra alegria?

—Sem dúvida nenhuma. Falava muitas vezes com ele e foi complicado a ida para Amesterdão. Já quando era pequeno foi complicado ir para Alcochete, porque sente muito quando está fora da família. Mas acho que, de alguma forma, o fez crescer muito e por isso é que hoje está o jogador que está. Cada experiênci­a acaba por ajudar a crescer e foi importante para ele. Hoje está um jogador completame­nte diferente do que foi. Mais adulto, com mais maturidade dentro do campo e nota-se que está com mais alegria.

O que sentiu naquele momento familiar entre Moisés, Francisco e Sérgio Conceição no FC PortoLeixõ­es?

—Foi um orgulho tremendo, porque o Moisés trabalhou imenso para estar onde está. Sei o quanto ele se dedica na profissão e fiquei extremamen­te contente por ele ter feito aquele jogo, por ter sentido o que é jogar no Estádio do Dragão. Aquela união de família que temos ficou bem à vista. Apesar de naquele jogo o meu pai e o meu irmão serem rivais do Moisés, não deixaram de lhe dar um beijo e um abraço, porque é isso que nos diferencia.

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