Eleições marcadas por acesa polémica
Está instalada a confusão no ato eleitoral do clube. Candidatura de Hugo Vieira acusa Direção de ter nos cadernos sócios menores e falecidos Hugo Vieira acusa a atual estrutura de falta de transparência no processo eleitoral, mas garante que não impugnará
Hugo Vieira teceu duras críticas à forma como o processo eleitoral para a presidência do Gil Vicente está a ser conduzido, acusando mesmo, em comunicado, a atual Direção de falta de transparência. “O que temos assistido nos últimos dias é demasiado sério para não ser partilhado. Desde o dia de apresentação da nossa candidatura que, apesar de sucessivamente pedida, não teve acesso a uma lista completa com identificação de todos os sócios, nos termos previstos nos Estatutos, dificultando a preparação do ato eleitoral”. Segundo a candidatura liderada por Hugo Vieira, da lista solicitada “consta unicamente o número e nome de cada sócio”, e no caderno eleitoral “constam sócios já falecidos e menores de idade, que não podem votar, números de sócios que não correspondem com os números dos cartões de sócios, nem com os números das vinhetas
comprovativas do pagamento das quotas”.
Confrontado por O JOGO, o candidato opositor, Avelino Dias da Silva, recusou comentar, dizendo ter “outras preocupações”. Já durante a noite, a Mesa da Assembleia Geral, em comunicado, lamentou as acusações do candidato da lista B, acusando-o de “achincalhar o bom nome do clube”, reconhecendo, no entanto, ilegalidades. “A Mesa da AG aceita que constava da lista de sócios enviada às candidaturas, por manifesto lapso, os sócios menores com as quotas pagas e que, efetivamente, não têm direito a voto. No entanto, tal lapso não é sus-*
cetível de comprometer o processo eleitoral, ou prejudicar qualquer das listas concorrentes, tanto mais que já foi corrigido. Ou seja, todo o mais que consta do comunicado
subscrito pela Lista B, é manifestamente falso e foi cabalmente explicado, presencialmente e por escrito, aos membros dessa candidatura”.