Risco máximo no mercado da Luz
Ninguém na liga portuguesa investiu tantas fichas no mercado de inverno como o Benfica. Com uma aposta tão alta, o risco também é maior para Rui Costa, agora “obrigado” a montar festa no Marquês.
As movimentações do Benfica no mercado de inverno podem ser um problema para Rui Costa, sobretudo se lá para maio, quando houver matéria para fazer o balanço da temporada 20023/24, a revalidação do título não entrar na contabilidade. Ainda é cedo, portanto, para fazer esse exercício, mas já é possível arriscar vítimas da política de contratações. Desde logo, Tiago Gouveia. Rollheiser chegou à Luz há pouco mais de uma semana e já teve minutos anteontem, lançado por Schmidt na ponta final do jogo com o Estrela da Amadora, enquanto o miúdo do Seixal, que sempre que é chamado para aquecer para o banho deixa indicações muito positivas, não saiu do banco. Não será leviano concluir que Tiago Gouveia terá ainda menos espaço, a partir de agora. O caso de Musa também ajuda a perceber o grau de risco da estratégia da SAD encarnada. No início da temporada, parecia evidente que o croata era o ponta-de-lança mais bem colocado para primeira escolha, e se calhar muitos continuarão a pensar o mesmo, só que as contratações de Arthur Cabral, no verão, e de Marcos Leonardo, no inverno, implicam uma saída, porque há ainda Tengstedt. Perante isto, o Benfica abdica de Musa, com previsível perda desportiva. Financeiramente, a conversa será outra.
Por último, a aquisição de Carreras, não sendo em si um problema, é até uma necessidade evidente, revela que Jurásek foi um erro de casting com uma fatura elevada: 15 milhões de euros.
Nunca Rui Costa terá suspirado tanto por uma festa no Marquês. Se não acontecer, provavelmente, haverá concentração na mesma, mas de críticas.