À PROVA DE FERROS
A pontaria “em excesso” de Darwin (recorde negativo na Premier League) foi compensada por Diogo Jota, Luis Díaz e companhia
Dificilmente haveria melhor forma de assinalar a vitória 200 de Jurgen Klopp pelo Liverpool na Premier League – o quarto a consegui-lo, mas o que necessitou de menos jogos para tal (318). O triunfo dos reds não deixou margem para qualquer tipo de dúvidas, quer sobre a sua capacidade para lutar pelo título até ao fim, quer pela longa distância que este Chelseaaindaterádepercorrer para voltar um dia a intrometer-se nessa corrida.
O primeiro capítulo deste passeio no “parque” de Anfield foi escrito em português. Diogo Jota, em jogada individual, ultrapassou Thiago Silva e Badiashile e bateu o desamparado Petrovic, aos 23’, celebrando o seu 13.º golo na época. Aos 39’, o norte-irlandês
Bradley, que tem merecido oportunidades nas últimas semanas no lado direito da defesa devido à lesão de Alexander-Arnold, dobrou a vantagem após ser lançado em profundidade por Luis Díaz.
Ao intervalo, o resultado só não era ainda mais dilatado porque Darwin Núñez desperdiçou um penálti cometido sobre Diogo Jota aos 45’+2’, acertando no poste. O antigo avançado do Benfica, de resto, viria a atirar aos ferros mais três vezes na partida, batendo o recorde (três) que era pertença de quatro jogadores, um dos quais Cristiano Ronaldo.
O falhanço do atacante uruguaio, todavia, não afetou de formanenhumaolíderdaPremier League, que chegaria mesmo ao terceiro golo ao minuto 65, com Szoboszlai a elevar-se e a corresponder da melhor forma a um cruzamento perfeito de Bradley (excelente exibição). Já sem Jota (e Bradley) em campo, o Chelsea ainda reduziu aos 71’, por intermédio de Nkunku, que regressou aos relvados após um mês de ausência, mas o Liverpool teria a última palavra, com Luis Díaz a fechar as contas oito minutos depois, assistido por Darwin.
Os comandados de Jurgen Klopp, que ainda não pôde contar com o lesionado Salah, seguem assim no primeiro lugar da tabela, cinco pontos à frente do Manchester City (que tem menos um jogo realizado) e do
Arsenal. “Temos de jogar extraordinariamente bem para conter o Chelsea, eles têm muito talento. Começámos muito fortes, ainda podíamos ter marcado
mais um ou dois golos e conseguimosdarritmoaoTrent [Alexander-Arnold] e ao Robbo [Robertson]”, salientou o técnico alemão após o apito final,
reservando rasgados elogios para Bradley: “Foi incrível. Espantoso. Está a voar neste momento. Trabalha muito e é um bom jogador”.