O Jogo

Claques entram na discussão eleitoral

- Vítor Santos vitor.santos@ojogo.pt

A Operação Pretoriano é um golpe na imagem do FC Porto, mas também ajuda a um clima propício à discussão sobre a relação com as claques, que terá de ser de total transparên­cia.

Tudo o que acontecer nos próximos meses terá influência na escolha dos sócios portistas, quando em abril forem chamados a votar, pelo que a operação policial que tem como detido mais mediático Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, insere-se neste quadro. Aqui chegados, o dano de imagem no FC Porto é evidente. Mas melhor mesmo, na perspetiva dos candidatos, será deixar as autoridade­s fazerem o seu trabalho e recentrar a discussão no futuro do clube, porque há muitos anos não havia oportunida­de tão favorável para o fazer, pelo simples motivo de um debate neste plano só ser possível com candidatur­as fortes e credíveis.

Num clima que tem tudo para ser mais tranquilo nos próximos tempos, apesar do aparato à volta da Operação Pretoriano, aguarda-se com expectativ­a as palavras de Pinto da Costa, que já depois de amanhã apresentar­á a recandidat­ura, no Coliseu do Porto.

Neste contexto, será importante perceber qual será a estratégia a adotar no futuro em relação às claques. Quando este tema é abordado, seja qual for o emblema em causa, a conversa deriva para o quadro legislativ­o. Em Portugal, no entanto, essa não é a questão mais importante, porque o Estado tudo feito no sentido de criar condições de segurança. Talvez existam até leis e decretos em excesso. As claques fazem parte do futebol e até dão força ao espetáculo, mas tem de existir total transparên­cia na relação com os clubes. É aí que reside o problema e, também, a solução.*

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