O Jogo

“Chegámos e já não havia avião”

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A logística nas deslocaçõe­s mesmo dentro do país é um problema muitas vezes difícil de ultrapassa­r. “Quando jogamos noutra cidade, termina a partida fazemos o grito de guerra, festejamos à pressa, vamos para o balneário, toda a gente mete um spray a correr, lava os sovacos, alguns até saem ainda equipados, porque a malta quer dormir em Luanda, não quer correr o risco de ficar fora da sua cidade. Temos dez a 15 minutos para nos despacharm­os”, começou por explicar, contando mesmo um dos episódios vividos numa das deslocaçõe­s do Petro. “Este ano, vivemos uma situação caricata por causa de um temporal no Congo. Chegámos ao aeroporto e o avião já não estava lá. O dono do avião estava em Luanda e precisava do aparelho. O piloto levantou voo antes de chegarmos para fugir ao temporal. Chegámos ao aeroporto e não tínhamos avião para voltar a Luanda. Depois fomos para um hotel que normalment­e recebe 40 pessoas por ano e, de repente, tinha à sua frente uma comitiva de 40 pessoas num só dia. Foi um problema. Foi um noite complicada, a partilhar quartos...”

“Sem luz e sem tempo-extra”

“Também não são novidade os constrangi­mentos causados pela falta de energia. “Nós vamos para outras cidades e voltamos no mesmo dia. Há aeroportos que não sendo internacio­nais não têm luz. Normalment­e, jogamos às15h 00 por isso mesmo. Já estive num jogo em que o árbitro teve que acabar antes de ser cumprido o tempo extra de quatro minutos porque já não se via a bola. Ainda por cima o jogo estava equilibrad­o, foi uma grande confusão”, contou o técnico do Petro.

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