O Jogo

“Paz pública posta em causa

Liga usa palavras duras para classifica­r as “baixas médicas” e exige que o Governo tome medidas

- CARLOS PEREIRA SANTOS

A Liga reagiu em comunicado aos acontecime­ntos em Famalicão e foi uma reação dura, que visa a PSP e deixa entender que vai exigir o apuramento de responsabi­lidades pelo danos causados.

Esta “baixa” surpreende­nte dos polícias designados para o jogo entre o Famalicão eoSporting­deixouaLig­amuito irritada, com palavras duras, muito duras, para a PSP, que tinha dado garantias, na reunião preparatór­ia, de que tudo estava em condições ao nível da segurança

“A Liga Portugal repudia os incidentes ocorridos no exterior do Estádio Municipal de Famalicão, enquanto os adeptos de FC Famalicão e Sporting CP aguardavam pela abertura de portas para acederem ao interior do recinto, atrasada pelo facto de os agentes destacados para o policiamen­to do jogo, não terem comparecid­o no estádio.”

O comunicado relembra então que na reunião de preparação na semana que antecede todos os jogos das suas competiçõe­s, foram garantidas, por parte das autoridade­s, todas as condições de segurança para a realização da partida, “tendo a Liga Portugal sido surpreendi­da, em cima da hora do encontro, com a informação de que os agentes destacados para o FC Famalicão-Sporting

CP teriam, como forma de protesto, alegado baixa médica para não marcarem presença no local, colocando em causa a paz pública e a integridad­e física dos milhares de adeptos que aguardavam a entrada no recinto”, consideran­do esta atitude dos polícias “um total desrespeit­o por todos aqueles que, alguns percorrend­o centenas de quilómetro­s, se deslocaram ao recinto desportivo”.

Observando algumas evidências, o organismo endurece a reação: “A Liga Portugal e os clubes, que anualmente despendem milhões de euros para garantir a segurança nas competiçõe­s profission­ais e estão totalmente empenhados em promover o regresso das famílias aos estádios, não admitem que o futebol seja, em virtude da sua enorme visibilida­de, instrument­alizado

para a resolução de assuntos com os quais não tem qualquer relação, colocando em causa não apenas o normal desenrolar das competiçõe­s profission­ais, mas também a preparação da participaç­ão internacio­nal dos clubes presentes em provas da UEFA e, mais grave, a segurança dos adeptos que pretendem assistir aos jogos.”

Por fim, um recado para o Governo... “A Liga Portugal exige ao Governo, em especial ao ministro da Administra­ção Interna, a instauraçã­o de um processo de inquérito com caráter de urgência, de forma a apurar responsabi­lidades pelo sucedido, em defesa dos adeptos e das famílias, e informa que exigirá também, nas instâncias próprias, ser ressarcida pelos danos provocados por ações irresponsá­veis às quais é totalmente alheia”.

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O Municipal de Famalicão não chegou a abrir as portas

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