“Paz pública posta em causa
Liga usa palavras duras para classificar as “baixas médicas” e exige que o Governo tome medidas
A Liga reagiu em comunicado aos acontecimentos em Famalicão e foi uma reação dura, que visa a PSP e deixa entender que vai exigir o apuramento de responsabilidades pelo danos causados.
Esta “baixa” surpreendente dos polícias designados para o jogo entre o Famalicão eoSportingdeixouaLigamuito irritada, com palavras duras, muito duras, para a PSP, que tinha dado garantias, na reunião preparatória, de que tudo estava em condições ao nível da segurança
“A Liga Portugal repudia os incidentes ocorridos no exterior do Estádio Municipal de Famalicão, enquanto os adeptos de FC Famalicão e Sporting CP aguardavam pela abertura de portas para acederem ao interior do recinto, atrasada pelo facto de os agentes destacados para o policiamento do jogo, não terem comparecido no estádio.”
O comunicado relembra então que na reunião de preparação na semana que antecede todos os jogos das suas competições, foram garantidas, por parte das autoridades, todas as condições de segurança para a realização da partida, “tendo a Liga Portugal sido surpreendida, em cima da hora do encontro, com a informação de que os agentes destacados para o FC Famalicão-Sporting
CP teriam, como forma de protesto, alegado baixa médica para não marcarem presença no local, colocando em causa a paz pública e a integridade física dos milhares de adeptos que aguardavam a entrada no recinto”, considerando esta atitude dos polícias “um total desrespeito por todos aqueles que, alguns percorrendo centenas de quilómetros, se deslocaram ao recinto desportivo”.
Observando algumas evidências, o organismo endurece a reação: “A Liga Portugal e os clubes, que anualmente despendem milhões de euros para garantir a segurança nas competições profissionais e estão totalmente empenhados em promover o regresso das famílias aos estádios, não admitem que o futebol seja, em virtude da sua enorme visibilidade, instrumentalizado
para a resolução de assuntos com os quais não tem qualquer relação, colocando em causa não apenas o normal desenrolar das competições profissionais, mas também a preparação da participação internacional dos clubes presentes em provas da UEFA e, mais grave, a segurança dos adeptos que pretendem assistir aos jogos.”
Por fim, um recado para o Governo... “A Liga Portugal exige ao Governo, em especial ao ministro da Administração Interna, a instauração de um processo de inquérito com caráter de urgência, de forma a apurar responsabilidades pelo sucedido, em defesa dos adeptos e das famílias, e informa que exigirá também, nas instâncias próprias, ser ressarcida pelos danos provocados por ações irresponsáveis às quais é totalmente alheia”.