O Jogo

Serena e airosa, não bela e formosa

-

Vai serena e airosa, não bela e formosa a arbitragem. Serena, por inexistire­m ocorrência­s fomentador­as de ruído desnecessá­rio. Airosa, por começar a adaptar-se aos sinais dos tempos cooptando práticas e usos em vigor noutras modalidade­s há muitas luas. Foi preciso esperar quase cinco décadas para vermos algo já então pensado, mas que sempre entendemos como risco por anteciparm­os alguma incapacida­de, porventura menor rigor devido à pressão do momento. Explicar de viva voz decisões significan­tes no decorrer de um jogo é elogiável, mas com aptidão e bem estribadas, não vituperado­ras das regras e suscetívei­s de contraditó­rio. Não bela e formosa, porquanto o exemplo do jogo Lank Vilaverden­se vs. Santa Clara, da Liga Sabseg, realizado sexta-feira, por ausência de autoridade e personalid­ade do oficial de jogo, também menor rigor do VAR, conformou aquelas dúvidas. Aos 56’, Sema (CDSC), na sua área de penálti, já formava pontapé quando, por detrás, com perna direita elevada acima da sua cintura, bem esticada e “dentes” da bota na frente, surgiu Gonçalo Teixeira, fazendo jogo perigoso ativo. Surpreso, Sema, não podia evitar tocar na perna do adversário. Consideran­do, simulação do atacante, quiçá atitude antidespor­tiva, João Pedro Afonso, interrompe­u o jogo e exibiu-lhe cartão amarelo, porém, o vetusto VAR (Hugo Miguel), inegavelme­nte boa pessoa, contudo, exemplo exausto de incompetên­cia, por menor rigor e atenção no exercício da função, influencio­u o jovem árbitro de Bragança, levando-o a mudar decisão, assinalar penálti e explicar publicamen­te a resolução após visionar imagens. O VAR não analisou o lance de princípio ao fim, o árbitro, inexperien­te, deixou-se levar.

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal