Uma época sob o signo olímpico
Pelotão português arranca hoje, na zona de Aveiro, mais reforçado e sabendo que o ano é especial
O ciclismo português arranca hoje para a nova época, com a habitual Prova de Abertura/Região de Aveiro (166,6 km), entre Oliveira do Bairro (12h00) e Sever do Vouga (chegada às 16h10), tendo as mesmas nove equipas e 103 corredores, 31 deles estrangeiros e de 14 nacionalidades. O investimento da Sabgal-Anicolor, que cresceu para 15 corredores, alguns vindos do World Tour, é a maior novidade de uma época que sentirá, tal como a apresentação das equipas feita ontem pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), o efeito dos Jogos de Paris.
A Volta a Portugal foi antecipada e partirá a 24 de julho, mas só os seus primeiros dois dias não terão a concorrência dos Jogos Olímpicos, ontem muito falados em Albergaria, onde Sérgio Paulinho mostrou a única medalha portuguesa, Ana Barros lembrou a estreia de uma mulher e o selecionador José Poeira a dificuldade da escolha de apenas dois ciclistas.
Com diretores-desportivos e um ciclista de cada equipa na plateia, o presidente da FPC, Delmino Pereira, destacou um “mês de fevereiro fantástico”, com Figueira Champions e Volta ao Algarve e a existência de um “ano inteiro de corridas”. “Em 2023, Portugal teve 891 corridas, 554 delas de competição e 526 de escalões de sub-23 para baixo”, destacou, lembrando que Portugal “é a 12.ª nação no ranking mundial, entre 206 países”, e o esforço que está a ser feito no controlo anti-doping: “Temos um protocolo histórico de dois anos com a ADoP. Na época passada fizeram-se mais de 500 controlos para o passaporte biológico, numa média de 5,7 por atleta, número nunca antes atingido. É um trabalho para credibilizar o ciclismo, estamos muito à frente das outras modalidades e temos direito a ser respeitados”.