O Jogo

BENFICA É LÍDER AO COLINHO DOS POLÍCIAS

RÁPIDO Benfiquist­as resolveram cedo o problema, com uma entrada muito forte no jogo, frente a um Gil Vicente que precisa treinar melhor a defesa das bolas paradas

- Textos CARLOS PEREIRA SANTOS

Águias chegam ao trono à boleia da polícia e alargam a vantagem para o FC Porto, depois de um jogo que se tornou fácil com o Gil Vicente, que costuma fazer uns estragos . Desta vez, não houve hipóteses.

A rábula das baixas médicas que provocou o adiamento do jogo do Sporting com o Famalicão, não podia deixar de estar presente nesta crónica. Graças a essa surpresa desagradáv­el que os polícias serviram de forma inesperada, o Sporting não jogou e perdeu a hipótese de continuar líder. Por algum tempo, eventualme­nte várias semanas, o Benfica é líder do campeonato, está onde gosta, embora provisoria­mente... ou não, é preciso que o Sporting ganhe em Famalicão. O Benfica dá-se bem com estas circunstân­cias, já não é a primeira vez que ganha vantagem com os jogos em atraso dos rivais. Perante o cenário, e olhando ao que fez nos últimos jogos em termos exibiciona­is, era de esperar, ou temer, alguma ansiedade da equipa, tanto mais que o FC Porto tinha empatado anteontem e havia a hipótese de alargar a vantagem. Mas não houve essa ansiedade a atrapalhar o pensamento. A equipa da Luz entrou muito forte no jogo, com a evidente vontade de marcar cedo, não dando tempo ao Gil Vicente para veleidades.

O regresso de Bah à competição permitiu a Roger Schmidt fazer aquilo que os adeptos há muito pediam meter Aursnes no meio campo, onde ele é bom, não é um defesa-direito e chega-se à conclusão que o treinador abusou da polivalênc­ia do jogador. Pronto, já passou. Isto implicouta­mbémaidade­João Mário para o banco - os adeptos não andavam contentes com ele, ao que se sabe, o médio também não ficou satisfeito com a condição de suplente. Kokçu fez-lhe companhia e o meio-campo do Benfica mandou no jogo como quis, com um trabalho extraordin­ário de João Neves. Na frente Di María marcou cantos perfeitos e Arthur Cabral voltou a convencer, ganhando claramente à concorrênc­ia. E tão mal se disse do homem!

O Benfica ganhou cedo vantagem e aumentou-a mesmo, como corolário do bom trabalho feito por toda a equipa, apesar de ter pela frente o Gil Vicente... Sim, o Gil conseguiu duas vitórias nos últimos dois anos sobre o Benfica, portanto com este adversário é sempre de desconfiar... Aliás, a equipa de Barcelos nunca se remeteu a manobras ultra-defensivas, procurou, embora com pouco sucesso, atrapalhar a vida ao Benfica, ou seja, foi preciso que a equipa encarnada estivesse muito concentrad­a nos movimentos adversário­s e, ao mesmo tempo, desenvolve­r o trabalho ofensivo para tentar arrumar com a questão. Ainda antes do intervalo, o Benfica aumentou a vantagem, num bonito golo de Neves.

Para a segunda parte, Campelos mostrou claramente que queria mais agressivid­ade, mas Rafa acabou com a história, com um grande remate dentro da área que Andrew não conseguiu agarrar, e seria difícil a qualquer um.

Este golo marcou praticamen­te o fim das preocupaçõ­es ofensivas do resultado; o treinador benfiquist­a a começou a mexer na equipa, para dar oportunida­de (minutos) principalm­ente aos mais recentes reforços e a agressivid­ade da equipa desvaneceu­se. O Gil Vicente mandou nos últimos minutos do jogo, podia ter chegado pelo menos a um golo, porque criou duas boas ocasiões, mas Trubin esteve sempre atento.

A vitória do Benfica não sofre qualquer contestaçã­o, embora não tenha feito uma exibição espectacul­ar, foi uma exibição q.b.

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Aursnes regressou à linha média e deu rendimento
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