ADIADOS Ministro promete, mas polícia não aparece
Leixões-Nacional e Feirense-Ac. Viseu não tiveram efetivos policiais suficientes. José Luís Carneiro garantira condições para realização dos jogos
No Mar apresentaram-se 12 polícias para fazer o trabalho dos habituais 34 a 36, enquanto em Santa Maria da Feira eram menos de meia dúzia para garantir a segurança normalmente garantida por 16 a 18.
Depois do adiamento do Famalicão-Sporting na véspera, ontem também não se realizaram os jogos Leixões-Nacional e Feirense-Académico de Viseu, ambos da 20.ª jornada da II Liga, devido à falta de policiamento. No mesmo dia, à tarde, José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, garantira condições para a realização dos jogos de futebol agendados para a tarde e noite de domingo. Mas se o encontro no Estádio do Mar estava marcado para as 11h00, a partida em Santa Maria da Feira tinha hora de arranque às 15h30 e acabou por não se realizar por não haver condições de segurança, novamente por falta de policiamento.
“Ontem [anteontem], durante a tarde, pude falar com o senhor primeiro-ministro e, mais tarde, com o Presidente da República, após estar munido das informações essenciais. Quanto à garantia dos jogos, quer o senhor comandante da GNR quer da PSP, dizem estar em condições de garantir os jogos que se vão realizar no dia de hoje [ontem]”, afirmou o governante ao início da tarde, após uma reunião, que durou mais de quatro horas, com o comandante-geral da GNR e com o diretor nacional da PSP, na sequência do adiamento do Famalicão-Sporting. O ministro vincou que “o Governo, por intermédio do comandantegeral da Guarda Republicana e do Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos ”, revelando que“para além dos processos de inquérito e disciplinares em curso, determinei à Inspeção Geral da Administração Interna a instauração urgente de inquéritos relativos ao policiamento dos jogos Famalicão-Sporting
e Leixões-Nacional, bem como às consequências”.
Com as portas do Estádio do Mar abertas para quem quises severo Leixões-Nacional, os responsáveis da SAD matosinhense e da do Nacional tiveram que resignar-se, uma hora antes, a adiar o encontro – a nova data será 28 de fevereiro – na habitual reunião preparatória e após constatarem que não haveria polícias suficientes para garantir a segurança no recinto. Os jogos em casa dos leixonenses costumam mobilizar entre 34 e 36 polícias, mas ontem só se apresentaram 12. Já no Marcolino de Castro, sabe O JOGO, os efetivos policiais presentes não chegavam à meia dúzia, contra os 16 a 18 que normalmente asseguram a segurança no estádio feirense. No caso do jogo entre fogaceiros e academistas, a nova data será anunciada hoje pela Liga Portugal.
Atento aos constrangimentos motivados pela falta de policiamento, o organismo que gere o futebol profissional português informou, em comunicado, que em relação ao Leixões-Nacional recebeu informações “por parte do responsável pela força policial presente no Estádio do Mar que não existem condições de segurança para a realização do mesmo, nem hoje [ontem], nem amanhã [hoje]”. Apesar de se considerar “alheia aos motivos que levaram ao adiamento”, a Liga lamentou o transtorno causado às equipas e adeptos, e frisou que “será sempre intransigente na defesa das garantias de segurança nas partidas das competições por si organizadas, de forma a assegurar a proteção de adeptos e intervenientes”.
“Quer o senhor comandante da GNR quer da PSP dizem estar em condições de garantir os jogos” José Luís Carneiro Ministro da Administração Interna
“A Liga será sempre intransigente na defesa das garantias de segurança Comunicado da Liga