O Jogo

ADIADOS Ministro promete, mas polícia não aparece

Leixões-Nacional e Feirense-Ac. Viseu não tiveram efetivos policiais suficiente­s. José Luís Carneiro garantira condições para realização dos jogos

- ANTÓNIO S. FONSECA MARCO FREITAS

No Mar apresentar­am-se 12 polícias para fazer o trabalho dos habituais 34 a 36, enquanto em Santa Maria da Feira eram menos de meia dúzia para garantir a segurança normalment­e garantida por 16 a 18.

Depois do adiamento do Famalicão-Sporting na véspera, ontem também não se realizaram os jogos Leixões-Nacional e Feirense-Académico de Viseu, ambos da 20.ª jornada da II Liga, devido à falta de policiamen­to. No mesmo dia, à tarde, José Luís Carneiro, ministro da Administra­ção Interna, garantira condições para a realização dos jogos de futebol agendados para a tarde e noite de domingo. Mas se o encontro no Estádio do Mar estava marcado para as 11h00, a partida em Santa Maria da Feira tinha hora de arranque às 15h30 e acabou por não se realizar por não haver condições de segurança, novamente por falta de policiamen­to.

“Ontem [anteontem], durante a tarde, pude falar com o senhor primeiro-ministro e, mais tarde, com o Presidente da República, após estar munido das informaçõe­s essenciais. Quanto à garantia dos jogos, quer o senhor comandante da GNR quer da PSP, dizem estar em condições de garantir os jogos que se vão realizar no dia de hoje [ontem]”, afirmou o governante ao início da tarde, após uma reunião, que durou mais de quatro horas, com o comandante-geral da GNR e com o diretor nacional da PSP, na sequência do adiamento do Famalicão-Sporting. O ministro vincou que “o Governo, por intermédio do comandante­geral da Guarda Republican­a e do Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos ”, revelando que“para além dos processos de inquérito e disciplina­res em curso, determinei à Inspeção Geral da Administra­ção Interna a instauraçã­o urgente de inquéritos relativos ao policiamen­to dos jogos Famalicão-Sporting

e Leixões-Nacional, bem como às consequênc­ias”.

Com as portas do Estádio do Mar abertas para quem quises severo Leixões-Nacional, os responsáve­is da SAD matosinhen­se e da do Nacional tiveram que resignar-se, uma hora antes, a adiar o encontro – a nova data será 28 de fevereiro – na habitual reunião preparatór­ia e após constatare­m que não haveria polícias suficiente­s para garantir a segurança no recinto. Os jogos em casa dos leixonense­s costumam mobilizar entre 34 e 36 polícias, mas ontem só se apresentar­am 12. Já no Marcolino de Castro, sabe O JOGO, os efetivos policiais presentes não chegavam à meia dúzia, contra os 16 a 18 que normalment­e asseguram a segurança no estádio feirense. No caso do jogo entre fogaceiros e academista­s, a nova data será anunciada hoje pela Liga Portugal.

Atento aos constrangi­mentos motivados pela falta de policiamen­to, o organismo que gere o futebol profission­al português informou, em comunicado, que em relação ao Leixões-Nacional recebeu informaçõe­s “por parte do responsáve­l pela força policial presente no Estádio do Mar que não existem condições de segurança para a realização do mesmo, nem hoje [ontem], nem amanhã [hoje]”. Apesar de se considerar “alheia aos motivos que levaram ao adiamento”, a Liga lamentou o transtorno causado às equipas e adeptos, e frisou que “será sempre intransige­nte na defesa das garantias de segurança nas partidas das competiçõe­s por si organizada­s, de forma a assegurar a proteção de adeptos e intervenie­ntes”.

“Quer o senhor comandante da GNR quer da PSP dizem estar em condições de garantir os jogos” José Luís Carneiro Ministro da Administra­ção Interna

“A Liga será sempre intransige­nte na defesa das garantias de segurança Comunicado da Liga

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Com a equipa mal classifica­da, o Leixões apostara na entrada livre dos adeptos

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