O Jogo

Juiz mantém Madureira detido

Líder dos Super Dragões foi o último a ser ouvido e voltou para a cadeia após quase cinco horas de interrogat­ório

- ANA LUÍSA MAGALHÃES PEDRO CADIMA

Depois da promoção do Ministério Público, o magistrado deve anunciar hoje as medidas de coação para os 12 suspeitos. Macaco tem forte hipótese de receber uma ordem restritiva da liberdade.

Ontem, ao fim de cerca de cinco horas de interrogat­ório no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, Fernando Madureira voltou para as instalaçõe­s da PSP de Santo Tirso, por volta das 23h15, nas últimas diligência­s antes de serem conhecidas as medidas de coação do juiz Pedro Miguel Vieira, no âmbito da “Operação Pretoriano”. É sobre o líder da claque Super Dragões que recaem as principais acusações, na sequência das investigaç­ões aos desacatos na Assembleia Geral do FC Porto, pelo que seria sempre o último a ser presente ao juiz.

Detido desde quarta-feira, Macaco está indiciado pelos crimes de ofensas à integridad­e física, coação agravada, ameaça, instigação pública a crime e arremesso de objeto. Madureira tinha o direito de permanecer em silêncio e, neste momento, é forte a possibilid­ade de lhe ser decretada uma medida de coação restritiva da liberdade, seja pulseira eletrónica ou prisão preventiva. Ao que tudo indica, as dúvidas são desfeitas hoje, com o regresso dos 12 suspeitos ao TIC para conhecerem a decisão do juiz e depois de concluída a promoção do Ministério Público, sendo que três pessoas já tinham sido libertadas no sábado: Tiago Aguiar, funcionári­o do clube, António Moreira de Sá e Carlos Nunes “Jamaica”.

No fim-de-semana, recordese, os interrogat­órios foram suspensos devido ao aparecimen­to de novas provas, concretame­nte as transcriçõ­es do conteúdo de quatro telemóveis – Madureira terá recusado fornecer o código do seu telefone. Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos, já tinha falado ao juiz antes dessa etapa do processo e ontem regressou ao TIC. A advogada, Cristiana Carvalho, desvaloriz­ou. “Teve de voltar porque entendemos­que devia voltar. Novas provas nos telemóveis? Quis vir fazer um esclarecim­ento apenas”, resumiu.

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PSP tem fortes medidas de segurança na escolta dos suspeitos

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