“ESPERAVA MAIS PROTAGONISMO”
Deixou o Benfica na última época em final de contrato, explica agora o que fundamentou a saída e reconhece tristeza pelo desfecho
Extremo de 19 anos, de volta ao Chelsea, após cedência ao Lyon, não tem dúvidas sobre João Neves, o médio com “três pulmões”, e António Silva, o central com “serenidade inabalável”.
Diego Moreira deixou o ●●●
Benfica depois de um longo processo de discussão de uma renovação, que não chegou a bom porto, tendo o jovem, de 19 anos, então com 18, sido oficializado pelo Chelsea. Finalizava uma longa novela, já que o Benfica batalhou nos bastidores para conservar um dos grandes artífices da campanha gloriosa dos juniores, que se saldou em 2021/22 com a conquista da Youth League. Diego, filho de Almani Moreira, com quatro golos e cinco assistências na prova, ficou debaixo de mira de diversos tubarões e acabou por resistir à proposta do Benfica, que o blindaria com cláusula de 100 milhões. Agora de regresso a Londres, após passagem de alguns meses pelo Lyon, por empréstimo dos “blues”, Diego abriu o coração sobre a saída do Benfica. “Posso dizer que gostava de ter ficado, mas as coisas não se deram. Foi uma situação difícil para os dois lados. Eu esperava muito mais oportunidades, que não tive. Não foi tanto a discussão de condições financeiras ou contratuais. Depois de conquistar a Youth League, esperava mais espaço e protagonismo, as oportunidades foram sendo menores. Fiquei muito triste”, explicou o jogador.
Diego Moreira fez 22 minutos com Nélson Veríssimo no final de 2021/22, tendo jogado um minuto, em 2022/23, no acesso à Champions, na pré-eliminatóriacomoMidtjylland, desaparecendo depois das opções de Roger Schmidt. “Esperava muito mais, sentia que merecia e queria que me mostrassem que era importante para o projeto desportivo. Seria importante na minha confiança.Issonãoaconteceucom muita mágoa, porque estava no clube do coração”, confessou, valorizando o impacto ganhocomosholofotesdaYouth League. “Foi muito bom enquanto durou. Quando cheguei à equipa principal, depois da Youth League, foram todos muito simpáticos, ajudaramme a integrar no grupo. Destacaria muito o Taarabt, o Svilar e o Vertonghen. E também o
Enzo, que reencontrei no Chelsea”, disse.
Olhando para ex-companheiros, destacou a grande dimensão adquirida na primeira equipa por António Silva e João Neves. “Era um grupo com malta de qualidade incrível e fomos alcançando resultados. De personalidade muito forte, o Neves é incansável, tem três pulmões, mesmo com pouca altura é bom de cabeça. Já o António tem aquela serenidade inabalável, é forte a adivinhar lances de um para um, tem técnica, jogo aéreo. Está completo e confiante. Tiveram as oportunidades que precisavam!”, gaba Moreira, que tem trabalhado por aperfeiçoar aspetos do jogo nos quais o pai lhe deixa as orelhas a arder. “É muito chato mas para meu bem, está sempre a corrigir-me, ajuda muito e é uma sorte tê-lo tão perto. Insiste em que melhore o jogo de cabeça e o pé direito. Drasticamente diz ele...”
“Sentia que merecia e queria que me mostrassem que era importante” Diego Moreira Jogador do Chelsea