Modric do CdP
“Podes usar toda a força que quiseres, mas existe algo que se chama inteligência futebolística, inteligência de jogo, que será sempre essencial. O físico nunca vai suplantar a inteligência.” Em 2018, após ser considerado o melhor jogador do Mundial’ 18 e, posteriormente, o melhor jogador do Mundo pela FIFA, Luka Modric, em entrevista à France Football, destacava a inteligência (tomada de decisão) como o aspeto mais importante num jogador de futebol.
A evolução do futebol e a evolução tecnológica tornaram o jogo mais rápido, com menos espaço para jogar. As equipas praticam um jogo mais apoiado, de pé para pé, com os setores mais juntos, a atacar e a defender. O jogador teve de se adaptar, de tal forma que o papel que desempenham os
médios da atualidade é drasticamente diferente de há 20 anos.
Além das naturais funções defensivas inerentes à posição, os médios desempenham um papel essencial na organização ofensiva. Responsáveis por diferentes dinâmicas, nos diferentes sistemas, com inteligência na busca do espaço vazio, a interpretar bem onde poderão garantir superioridades, numéricas ou espaciais, com capacidade de passe curto e longo, visão para romper linhas de pressão com uma tomada de decisão e/ou equilibrar a equipa de forma a prevenir o momento da perda. Bruno Silva (Dumiense/CJP II) faz lembrar o Modric: destaca-se pela inteligência e qualidade técnica acima da média, a forma como o assume a posse de bola e liga a equipa, marcando os ritmos de jogo (quando deve, ou não, acelerar o jogo), torna-o diferenciado. Quando melhorar o seu jogo, no momento defensivo, é jogador para patamares profissionais.