Caldo ao lume antes de jornada gourmet
É melhor estar em primeiro do que em segundo, ninguém contestará esta evidência, pelo que Amorim tem agora a missão de não deixar a tabela classificativa entrar na cabeça dos jogadores.
Rúben Amorim não é de varrer para debaixo do tapete. Tinha uma questão para resolver no sábado, as baixas na Polícia de Segurança Pública impediram a realização do jogo, saiu de Famalicão com dois problemas: continua a precisar de vencer, mas ainda nem sabe quando chegará a oportunidade de confirmar a superioridade em campo. Quem lidera um plantel, sabe que dormir à sombra da frustração é uma perda de tempo, além de em nada contribuir para alcançar objetivos. O treinador do
Sporting não ficou nada satisfeito com o adiamento, só que já canaliza o discurso interno no sentido da moralização das tropas, porque esse é o único caminho. Mas será que basta?
À conta de uma jornada manca, o Benfica cumpriu diante do Gil Vicente e, à condição, instalou-se na cadeira do comando da Liga, sem os leões terem perdido pontos. Salta logo à vista a história da “candeia que vai à frente”, embora já tenhamos assistido a lideranças sólidas que mudaram de mãos à beira da meta e, neste caso em particular, a pergunta para um milhão de euros fica por responder, porque ninguém pode afirmar com total segurança que as águias saem beneficiadas.
De uma coisa todos temos a certeza: é melhor estar em primeiro do que em segundo. Se algum candidato perder pontos na próxima jornada, que reserva três pratos “gourmet” – Sporting-Braga, V. Guimarães-Benfica e Arouca-FC Porto – o caldo que os polícias meteram ao lume tem tudo para ficar ainda mais picante.