“AGORA VAI COMEÇAR OUTRO CAMPEONATO”
DECISÕES Bruno Dias, que na época passada levou o Belenenses à II Liga, diz que o novo formato alarga a margem de erro
Se nas duas anteriores edições desta fase foram disputados seis jogos nesta fase, o número aumenta agora para 14. Apurados das séries A e B juntam-se num só agrupamento de oito equipas.
Arranca no próximo dia 10 (sábado) a fase de subida da Liga 3. O formato da competição mudou, juntando os quatro primeiros das séries A e B num só agrupamento. Nas duas anteriores edições, os quatro primeiros das duas séries formavam dois grupos de quatro, com os vencedores a subirem diretamente à II Liga e os segundos classificados a apurarem-se para um play-off a duas mãos, e posteriormente para outro, com o antepenúltimo do segundo escalão.
Segundo o treinador Bruno Dias, que na época passada subiu o Belenenses ao segundo escalão, o novo modelo traz mais benefícios à competição. “Este ano vamos ter dois campeonatos da Liga 3. A fase regular teve 18 jogos e a segunda terá 14. Nesta fase, os jogos tenderão a ser ainda mais nivelados. Com esta junção das duas séries vamos perceber qual delas era a mais difícil”, afirmou o técnico, 36 anos, a O JOGO. “Ao contrário das edições anteriores, esta permitirá uma margem de erro um bocado maior nos momentos de decisão e dará mais oportunidade de reverter a situação às equipas que não arrancarem tão bem. O equilíbrio será imenso”, resumiu.
Quanto a favoritos, Bruno Dias não quis fazer prognósticos, embora destaque o clube queconseguiuprimeirooapuramento para esta etapa da Liga 3. “Não houve grandes surpresas na fase regular, as equipas que no início se apresentaram com mais argumentos para discutir a subida são as que se apuraram. Deixo uma nota: só houve um participante que conseguiu mais de 50 por cento de vitórias, o Felgueiras. Já na temporada transata fez uma grande primeira fase e este ano está com todo o mérito na fase de subida”, apontou.
Lourosa e Atlético não partem atrás Desafiado a comentar se o Atlético e o Lourosa poderão ter alguma desvantagem por no ano passado estarem no Campeonato de Portugal, Bruno Dias recordou o seu anterior clube, o Belenenses, que “também vinha do Campeonato de Portugal e subiu, assim como o Länk Vilaverdense”. “Não vejo nenhum handicap para estas equipas, porque revelaram-se competentes em séries competitivas e têm tantas condições como as restantes de subir à II Liga”, defendeu. “Na época passada ficou provado que na fase da decisão tudo pode acontecer e todas têm probabilidades muito próximas”, avaliou, mas ressalvando que “quem tem mais recursos terá mais poder para fazer face a lesões e castigos”.
Nesta etapa da Liga 3, também a força dos adeptos será importante na campanha das equipas. Clubes históricos como o Varzim, Académica e Covilhã podem ter no seu 12.º jogador uma força extra. “Mais que o peso da história, as massas associativas podem catapultar essas equipas em momentos decisivos, fazendo-as alcançar resultados acima daquilo que seria esperado e empurrar os adversários para dentro das suas balizas”, concluiu o treinador.