Fundo saudita pode pagar “revolução”
Árabes estão prontos a investir 250 milhões de euros numa “Superliga” feita com as equipas
Uma das discussões mais antigas do ciclismo, a inexistência de pagamento dos organizadores às equipas que participam nas maiores provas, pode gerar em 2026 uma revolução que nunca passou da ameaça.Segundoo“HetLaatste Nieuws”, o Fundo de InvestimentoPúblicoSaudita(PIF), que tem abalado o futebol e o golfe com investimentos de milhões, está disposto a financiar a criação de uma “Superliga” com as maiores equipas mundiais, entrando com 250 milhões de euros.
Os sauditas, por intermédio da SRJ, empresa de investimento ligada ao PIF, terão feito a oferta mais elevada para entrar no projeto One Cycling e os seus 250 milhões representam cerca de 20% do volume de negócios anual do ciclismo, assim como metade do orçamento das 18 equipas World Tour. Entre estas, Visma, EFEasyPost , Soudal Quick-Step, Alpecin, Intermarché, Ineos, Lidl-Trek e Bora estarão ligadas ao projeto, que a UAE Emirates vai acompanhando sem ter oficialmente aderido.
Entre os organizadores, só o Flanders Classics, que possui cerca de 70 dias de corridas anuais,estaráassociadoaogrupo, que poderá criar um calendário fechado, no qual as verbas de televisão seriam divididas entre equipas e organizadores de provas. Este é o cerne da questão – e o que sempre travou a “revolução” –, pois a ASO (Tour e Vuelta) e a RCS (Giro) estão de fora e possuem as corridas mais mediáticas. Adivinha-se um braço de ferro até 2026, com um dado a não esquecer: 250 milhões são uma ninharia para os sauditas, que gastaram quase isso só... em Cristiano Ronaldo.