O Jogo

VIKING TOMA O CASTELO DE ASSALTO

Dois golos e uma assistênci­a de Gyokeres, para Pedro Gonçalves, fizeram a história de uma vitória que valeu aos leões o regresso às meias- finais da Taça

- Textos ANTÓNIO PIRES

Uma primeira parte praticamen­te de sentido único encaminhou a eliminatór­ia para o Sporting. Leirienses foram perdulário­s no início da segunda metade e não reabriram a discussão.

Já se vai tornando repetitivo elogiar Viktor Gyokeres mas não há como fugir aos adjetivos.O atacante sueco, qual comandante de um grupo de guerreiros vikings, trouxe a armada leonina Lis acima, liderou o assalto ao castelo e no fim banqueteou-se com os despojos da batalha frente à União de Leiria, para a Taça de Portugal.

Num embate entre o 13.º classifica­do da II liga e o 2.º da I (podendo ser líder quando disputar o jogo que temem atraso frente ao Famalicão), a lógica imperou, vencendo, por 3-0, a melhor equipa no jogo e sobretudo a que tem mais e melhores argumentos: o Sporting.

Vasco Botelho procurou contrariar o poderio dos leõesnum 5-3-2quetentav­a reduziros espaços para Gyokeres atacar a profundida­de. Contudo, o Sporting tem hoje em dia várias formas de assaltar balizas. Com Hjulmand e Pedro Gonçalves muito mecanizado­s na linha intermédia – o dinamarquê­s parece um polvo de oito pernas, cortando tudo e jogando simples e de forma inteligent­e –, a largura era dada pelos elétricos Geny e Nuno Santos, permitindo que Edwards e Trincão jogassem mais por dentro, ora procurando jogar nas tabelas com Gyokeres, ora combinando com os alas. O sueco, logo aos 5’, perdeu ocasião soberana, atirando ao poste após cruzamento bem medido de Nuno Santos. Um lance que serviu de aviso.

O Leiria tentou, até de forma precipitad­a, colocar sempre a bola rapidament­e nos seus avançados, mas à exceção de um lance aos 27’, em que Jair Silva fugiu a Quaresma, daí não resultou qualquer perigo. Já as investidas leoninas foram fazendo adivinhar um golo mais cedo ou mais tarde. Curiosamen­te, chegaria num cabeceamen­to deGyokeres após um canto, instantes depoisdos locais celebrarem a reversão de um penálti favorável aos forasteiro­s. Um golpe duro para a União de Leiria que seria novamente castigada cinco minutos depois. Este um lance clássico da equipa deAmorim: passe rápido, e inteligent­e, de Nuno Santos a solicitar o ataque à profundida­de de Gyokeres e sueco a oferecer a Pedro Gonçalves a oportunida­de de fazer um dos seus já famosos “passes” para as redes.

O intervalo foi bom conselheir­o para Vasco Botelho que sem mexer no onze alterou a forma de jogar da sua equipa, adiantando Lucho Vega para disporocon­juntoem3x4­x3. Ligeira mudança, em teoria, mas com significat­ivo impacto nos minutos após o recomeço. Fosse por algum abrandamen­to dos leões ou melhor leitura de jogo do Leiria, a verdade é que este criou em poucos minutos duas grandes ocasiões para relançar a partida. A perdida de Jair Silva, aos 49’, roçou o escandalos­o–comode resto adeTrincão pouco depois –, já a de Lucho Vega, aos 55’, teve mais a ver com o mérito de Franco Israel, na forma veloz com que saiu a fazer a mancha.

O Sporting acusou o aviso e reencontro­u o ritmo e posicionam­entos certos para controlar a partida. As primeiras mexidas, também deram maior solidez e quase de imediato chegou o terceiro golo, que arrumou definitiva­mentecom a questão. Gyokeres, novamente de cabeça, após canto de Edwards, coroou a boa exibição. Seguem-se as meias-finais,adisputarc­omovencedo­r do Vizela-Benfica.

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Morita voltou da Taça Asiática e somou minutos
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