ESTÁ NA HORA DE DESEMPATAR
Tal como há 69 anos, quando se encontraram pela primeira vez, o Torreense olha para cima e a Oliveirense tenta resistir
●●● É um encontro que começou a disputar-se na época 1954/55, há 69 anos, portanto, e que hoje poderá ser desempatado. Oliveirense e Torreense têm 13 triunfos cada, mais seis empates, nas 32 vezes que se defrontaram. A primeira acabou com goleada do clube de Torres Vedras (6-1) aos oliveirenses, na caminhada para a conquista do título da II Divisão e subida ao escalão principal, enquanto a União acabou em último lugar e desceu. Uma campanha com o dedo argentino de Oscar Tellechea, jogador que fugiu de França para Portugal para escapar à II Guerra Mundial, reforçando o Académico do Porto e seguindo para 39 anos no futebol português.
Hoje, para o tal “desempate” marcado para o Estádio Carlos Osório, que o treinador Ricardo Chéu quer tornar numa “fortaleza” e onde a União não vence desde 27 de agosto, é esperado um rival “com um poderio muito grande e que acredita numa possível subida de divisão”. O mercado de inverno, considera Chéu, também tornou o Torreense “mais forte, a cimentar processos novos”.
Ao leme da equipa de Torres Vedras, Tulipa vincou as dificuldades que o “mau tempo esperado no norte” pode causar, com efeitos no relvado. “Não sabemos bem o que esperar do terreno, mas prevê-se que chova muito. Se o campo não nos permitir fazer o nosso jogo, teremos que adaptarnos”, aponta, ciente que a equipa do Torreense “está a melhorar na agressividade a defender e também quando ataca. Fazendo uma radiografia à Oliveirense, Tulipa considera que “molda-se muito à estrutura dos adversários”.
A Oliveirense não vence há três rondas e o Torreense vem de um triunfo sobre o Aves, depois de perder com Nacional e Santa Clara.
Nos 32 jogos em que se encontraram, Oliveirense e Torreense contam 13 triunfos cada. Sobram seis empates