Nerimar vestiu capa de heroína
A venezuelana marcou o golo do triunfo do Racing Power diante do Braga, por 1-0, na 13.ª jornada da Liga BPI
“Tem sido uma temporada de sucesso. Conseguimos resultados dos quais nos orgulhamos e que muitos talvez não esperassem”
“Jogar com rapazes durante tantos anos foi uma experiência muito enriquecedora”
“O grupo é uma mescla de personalidades e origens, mas partilhamos o objetivo comum de alcançar o sucesso”
—Tenho como ambição jogar ao mais alto nível. Já tive a oportunidade de participar na Liga dos Campeões, uma experiência que guardo com carinho. Sonhando em grande, um dos meus maiores desejos é erguer aquele troféu um dia. Além disso, pretendo representar a seleção principal da Dinamarca e envergar a camisola com orgulho.
No futebol, qual foi a maior lição que aprendeu?
—Foi na temporada 2021/22: apercebi-me de que nem tudo são rosas. Com a chegada de um novo treinador, acabei por passar bastante tempo no banco. Foi duro assistir a tantos jogos do lado de fora. Além disso, sofri uma lesão que me obrigou a estar afastada do jogo durante cerca de quatro meses. Foi um período verdadeiramente difícil.
A médio de 20 anos, recém-chegada à equipa estreante na Liga BPI, considera que a intensidade e determinação do grupo foram fundamentais para vencer em casa das minhotas.
JOÃO FERNANDO VIEIRA ●●●ORacingPowercontinua
a mostrar qualidade e o último feito foi vencer o poderoso Braga, no Minho, por 1-0, em jogo da 13.ª jornada da Liga BPI, o que permitiu à formação de João Marques subir ao quarto lugar. “Trabalhámos arduamente durante toda a semana para preparar o jogo contra o Braga. O treinador elucidou-nos sobre a estratégia de jogo da equipa adversária, o que nos permitiu antecipar as movimentações e contra-atacar de forma eficaz para alcançar o resultado desejado”, recorda Nerimar Infante, médio de 20 anos que marcou o golo do triunfo. “É indescritível a sensação de entrar em campo e contribuir com um golo que garante a vitória à equipa. É um momento de grande emoção e satisfação pessoal. A chave foi a intensidade. Demonstrámos desde o primeiro minuto a nossa determinação para conquistar os três pontos”.
A venezuelana, chegada ao Racing Power no mercado de inverno, proveniente dos colombianos do Independiente Medellín, assegura que a mudança para a Europa foi um desafio e assume a vontade de alcançar sucessos com a camisola do Racing Power. “A adaptação inicial foi desafiante, mas o apoio e a confiança constantes fizeram-me sentir integrada desde o primeiro momento.Estouconfianteno meu desempenho e em continuar a contribuir para o sucesso da equipa. Os objetivos passam por continuar a somar pontos em todos os jogos e utilizar o meu conhecimento e experiência em campo para ajudar a equipa”.
Na época de estreia, o Racing Power ocupa o quarto lugar da Liga BPI, com 23 pontos. A equipa não conhece o sabor da derrota desde outubro do ano passado, quando foi batida pelo Sporting