O Jogo

“JOGADOR FELIZ, CLUBE FELIZ, EU NEM TANTO...”

Artur Jorge não teve como fugir ao tema dominante, a saída de Al Musrati num mercado doloroso para as contas na linha média. Não se intromete na gestão, acata necessidad­es maiores

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Técnico dos guerreiros fica com limitações evidentes no meio-campo, passando a contar com Moutinho e Vítor Carvalho e o reforço Ndour como opções mais lineares. Também falou de alvo não concretiza­do...

PEDRO CADIMA

Em cima de um jogo importante em Alvalade...um rombo forte no plantel. Uma investida cruel nos planos do treinador mas muito produtiva para as finanças da SAD, por injeção de uma verba de 12 milhões com outras benesses previstas em objetivos. Al Musrati partiu para o Besiktas, desafiado por um novo projeto e um salário altamente díspar ao que auferia na Pedreira; os guerreiros perderam um terceiro médio neste mercado de inverno, e só descobrira­m Ndour para compensar. Vítor Carvalho e Moutinho, reforços de 2023/24, passam a ser rostos dominantes no que falta da época. Dor de cabeça latente, sentindo a ameaça de umabrechan­asolidezda­equipa, Artur Jorge acatou a ordem para vender. “Nesta altura, não pensaria perdê-lo, mas havia mercados abertos, era um jogador muito cobiçado. Faz parte do meu trabalho aceitar como é o projeto do Braga. Tenho exigência máxima, ambição máxima, mas também há esta necessidad­e de vendermos ativos que acabamos por potenciar”, sublinhou o treinador dos guerreiros, muito elogioso para os créditos do internacio­nal líbio em três épocas e meia em Braga.“Era um jogador muito acima da média na nossa liga. Ele está contente, o clube contente, o treinador nem por isso!”, ressalvou. “Terei de preencher este espaço que ficou mais vazio”, reconheceu ainda, analisando a gestão do mercado feita em todo o processo, contando comoutrass­aídasnalin­hamédia. “Falei quando foi altura sobre as saídas de Castro e André Horta. Já sobre gestão e negócios não posso falar. Sou só treinador, temos a gestão de um presidente com 20 anos disto. No mercado houve uma posição que tentámos preencher e não foi possível. Não conseguimo­s. Acabamos de perder o Al Musrati, porque é um negócio que agrada ao clube e jogador, fica o treinador com este problema na mão”, admitiu, segurament­e tocando na questão de um central. Artur Jorge recusou qualquer quebra nas aspirações internas, ou de venda facilitada por distanciam­ento de metas. “Conquistám­os um título, a Taça da Liga, mas temos muita época para jogar. Não vamos diminuir no que quer que seja a nossa ambição ou abordagem ao que falta da temporada, temos ativos para valorizar e classifica­ções a disputar. É nesse sentido que vamos estar em competição”, prometeu, tentando também dar corpo ao seu papel no clube. “Quando falo das expetativa­s, temos essa exigência de ganhar, de resultados, mas acompanhan­os essa necessidad­e de vender. E as vendas acabam sempre por acontecer, tem acontecido em anos anteriores. Sei que faz parte do projeto e agora tenho mais um desafio pela frente, de tentar fazer que as saídas se façam sentir menos importante­s”, avisou.

“É um vazio a preencher. No mercado tentamos um alvo, mas não foi possível”

“Só a nossa melhor versão nos fará sermos competitiv­os para discutir o resultado e ganhar” Artur Jorge Treinador do Braga

o projeto reconhece que Matriz: técnico exigência e vendas é feito de ambição, Perdas: Castro e André Horta partiram, Al Musrati também, só entrou Ndour

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