O Jogo

“Ganhar assim é bom para a cabeça”

Remco Evenepoel confessou que se antecipou ao plano de atacar na última das três voltas

-

A 51.ª vitória da carreira, sétima após uma grande fuga, deixou Remco Evenepoel sorridente na hora de conversar com O JOGO, um jornalista belga e outro neerlandês. “O plano original não era atacar a duas voltas do fim, mas sim na última. Entretanto reparei que só éramos 20 ou 25, que o grupo estava a partir e os meus colegas em dificuldad­es para manter aquele ritmo muito alto. Quando arranquei, estava a contar que outros me quisessem acompanhar, mas cheguei ao topo e disseramme que tinha 15 ou 20 segundos de vantagem. Já era uma diferença bastante grande, por isso fiz a descida no máximo, acho que fiquei com 40 segundos e aí não ia esperar mais”, historiou o líder da Soudal-Quick Step sobre a exibição a solo.

Evenepoel explicou ainda que numa corrida em circuito “é mais fácil gerir o esforço”. “Puxei mais com o vento contra e relaxei quando estava a favor. O vento era muito forte e chegou a assustar-me. Mas senti-me bem e acho que fiz uma volta perfeita”, admitiu, confessand­o a O JOGO que “vencer desta forma é bom para a cabeça”. “Queria ganhar o mais rápido possível e isto deu a resposta a algumas dúvidas que sempre trazemos do inverno”, completou.

“Desfrutar das fugas? Isso é uma palavra difícil. Mas digamos que é uma boa forma de vencer”, respondeu, quando o provocamos sobre o hábito de triunfar a solo. “Esta foi uma boa corrida para ir sozinho. Às vezes até pareceu mais fácil assim do que no grupo, por causa da rotundas e descidas”, considerou, tendo uma outra satisfação, o segundo lugar de Vito Braet: “Fomos colegas nos juniores, somos ciclistas diferentes, mas é sempre bom estarmos juntos”.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal