O Jogo

DRAGÃO NAVEGOU EM ÁGUAS AGITADAS

Com muitas falhas técnicas e disparates impróprios de um tetracampe­ão, o FC Porto não está num bom momento e tal ficou evidente na exibição frente a um Águas Santas certinho

- RUI GUIMARÃES

A primeira situação de vantagem do FC Porto frente ao Águas Santas só se deu cerca dos 26 minutos, com um golo de David Fernández, cuja exibição foi bem melhor, e até decisiva, do que a do conjunto azul e branco no seu todo. É certo que os da casa venceram, por 34-31, em jogo da 17.ª jornada do Campeonato Placard Andebol 1 – a primeira depois da paragem devido à presença da Seleção Nacional no Europeu –, mas ficou bem patente que este FC Porto está longe de fazer justiça ao tetracampe­onato que ostenta.

Carlos Resende, ao Porto Canal, referiu que “é sempre importante vencer” e que “este era um momento em que era importante a equipa dizer presente”, mas também admitiu que a exibição foi o “reflexo de um jogo não tão bom na Taça de Portugal”, em que o conjunto que treina apanhou um susto tremendo em casa do Boa Hora, quinto classifica­do da... II Divisão, nos 1/16 avos de final (29-31, com 17-17 ao intervalo).

Curiosamen­te, o adversário dos “oitavos” é este mesmo

Águas Santas, de novo no Dragão Arena, mas que na primeira volta, em casa, impôs aos azuis e brancos um empate a 32. A equipa de Ricardo Moreira, histórico ponta-direita do FC Porto, entrou com personalid­ade, a jogar ao ritmo que lhe convinhaem­atreiraosu­ficiente para aproveitar as falhas técnicas dos portistas. Foram em número anormal e algumas verdadeiro­s disparates. Os maiatos dominavam, chegaram a ter três bolas de avanço e obrigaram Resende a ir ao banco buscar Francisco Fontes, que segurou a baliza, num dia em que também Rêma esteve desinspira­do. Ainda na primeira parte, os visitados tiveram dois golos de vantagem e, com uma entrada agradável na segunda, chegaram a um conforto de cinco (22-17, por Leonel, sem uma sapatilha; e o 23-18, Rui Silva), mas permitiram a reaproxima­ção: 27-26, 28-27. Fontes,Fernándeze­PedroValdé­s voltaram a aparecer para uma chegada a bom porto.

“Foi o reflexo da pressão de, além de ter de ganhar, ter de jogar bem. Esta camisola obriga a jogar diferente”

Carlos Resende Treinador do FC Porto

“Conseguimo­s fazer um jogo competente, mas faltou um bocadinho de critério e oxigénio”

Ricardo Moreira Treinador do Águas Santas

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Pedro Cruz defende o antigo companheir­o de equipa, Rui Silva

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