O Jogo

Amorim “Importante é chegar ao fim campeão”

Técnico do Sporting diz ser “irrelevant­e” comparar exibições dos grandes. Foca-se, sim, na meta

- MIGUEL GOUVEIA PEREIRA

Rúben Amorim está rendido à boa forma de Trincão, vendo um jogador mais perto daquele com quem trabalhou em Braga. Considerou a vitória justa, mas pesada perante o que o Braga produziu.

Rúben Amorim considerou que a equipa teve uma produção semelhante ao jogo da Taça da Liga com o Braga, mas que foi mais eficaz.

Sente-se confiante com a veia goleadora que a equipa está a mostrar?

—Obviamente que é um excelente momento, mas o importante para mim é festejar as vitórias e estar contente com o rendimento deles, e não sofrer golos, porque já sabemos que vamos criar ocasiões. Mas o principal é olhar para cada jogo. E perceber que, da mesma forma que na Taça da Liga dissemos que foi completame­nte injusto e um resultado enganador, também acho que a vitória hoje [ontem] é claramente justa, mas o resultado é muito pesado. Felizmente, marcámos nos momentos-chave.

Foi a 11.ª vitória em 11 jogos em casa para o campeonato. A equipa sente-se confortáve­l em Alvalade?

—Somos fortes a jogarem casa como uma equipa grande deve ser. Com o nosso público estamos mais confortáve­is. Esta época, mesmo quando falhámos uma oportunida­de, os adeptos continuam a acreditar que vamos criar mais.

Por aquilo que tem apresentad­o até agora, o Sporting merece ser campeão?

—Até às 20 jornadas houve fases em que uma equipa jogou melhor, outra jogou pior. É completame­nte irrelevant­e quem merece ser campeão à 20.ª jornada, o importante é chegar ao fim campeão.

Trincão voltou a marcar. Considera que já é aquele jogador com quem trabalhou em Braga?

—Muito mais perto. Mais forte fisicament­e, mas muito mais perto da irreverênc­ia que tinha, da confiança que tinha, da inteligênc­ia no jogo. Mas principalm­ente a confiança, está no campo a sentir-se muito grande. A verdade é que quando chegámos a Braga, quando olhávamos para ele e o metíamos a jogar vários jogos a titular, sentia-se muito grande em campo. Acho que começo a ver essa situação a acontecer e ajuda muito a nossa equipa. Porque joga um, de repente entra o Edwards, depois jogam os dois juntos, e isso cria muita dificuldad­e aos adversário­s e torna o plantel muito mais forte.

Eduardo Quaresma voltou a fazer mais um bom jogo. Será um problema quando o Diomande voltar?

—A situação é a mesma com o Trincão e com o Edwards ou com o Morita, que ainda está a recuperar ritmo. O Eduardo Quaresma até saiu com queixas musculares e ainda tem de melhorar alguns aspetos. Mas para ganharmos títulos não precisamos apenas de 11, mas de um plantel e vai haver espaço para todos jogarem.

Custou ouvir o Deco dizer que ainda é um treinador inexperien­te para treinar o Barcelona?

—Não, nada. É um facto e eu só quero ser experiente para ser treinador do Sporting. Enquanto os meus jogadores não se lembrarem que sou inexperien­te e só tenho quatro anos de treinador esse é o meu objetivo. Voltar a ganhar títulos com o Sporting, porque já lá vai um tempo e esse é o único foco que eu tenho.

“A vitória é justa, mas o resultado é muito pesado e enganador”

Segue-se agora um jogo para a Liga Europa. Como gerirá a equipa?

—Senti que o Morita ainda está com falta de ritmo, o Hjulmand algo pesado. O Pedro Gonçalves, como tem vindo a fazer a outra posição, tem movimentos e metros para pressionar completame­nte diferentes. Mas será fácil mostrar aos jogadores e prepará-los para vencer na Liga Europa.

“Trincão está a sentir-se grande em campo”

“Somos fortes em casa como uma equipa grande deve ser”

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