O Jogo

Roger Schmidt “Um ponto é melhor do que nada”

Técnico considera que o empate foi um resultado justo, tendo em conta as dificuldad­es das águias. Relvado estava mau, mas não é desculpa

- PEDRO GRANJA

Com a chuva a alterar as condições do tapete, dar a volta ao resultado tornouse mais difícil, diz o treinador, que valoriza a exibição. Arthur Cabral ficou fora do onze para dar mobilidade ao ataque.

“É sempre difícil jogar aqui, ainda para mais nestas circunstân­cias, que tudo fica uma espécie de lotaria”

O treinador do Benfica, Roger Schmidt, era um treinador conformado no final do encontro frente ao Vitória, em Guimarães. No entender do técnico alemão, o mais determinan­te para o empate foi mesmo o mau estado do relvado, prejudicad­o pela intensa chuva que se fez sentir na cidade-berço.

“A ideia era jogar com um jogador livre perto de Rafa e com Aursnes e João Mário a criar vantagem no momento certo”

Nas condições que jogaram, com o estado do relvado, o Benfica ganhou um ponto ou perdeu dois?

—Claro que o objetivo era ganhar, mas é sempre difícil jogar aqui, ainda para mais nestas circunstân­cias, que tornam tudo uma espécie de lotaria, mas um ponto é melhor do que nada. Temos de aceitar. É um resultado justo. O V. Guimarães esteve bem, fez um bom jogo. Não é fácil estarmos em desvantage­m e depois recuperarm­os, os nossos jogadores estiveram bem.

Porque é que decidiu jogar sem ponta-de-lança?

—A ideia era jogar com Rafa e com o Di María na frente, um jogador livre perto de Rafa, depois com o Aursnes e João Mário a criar vantagens no momento certo, mas neste campo foi difícil de executar. O

primeiro golo que fizemos era o que queríamos, era o plano, mas foi difícil pô-lo em ação. Na segunda parte precisávam­os de mais presença no centro do ataque, ajustámos o nosso plano de jogo por causa do campo na segunda parte.

Considera o empate um resultado justo?

—O V. Guimarães marcou primeiro e isso neste tipo de campo é vantagem. No segundo tempo tentámos deixá-los sob pressão, mas chegou aquele bom cruzamento de Jota Silva para André Silva fazer o segundo golo. Marcámos quase no último minuto e temos de aceitar que um ponto é melhor do que nada, foi um resultado justo. Trubin defendeu

uma bola importante, seria o 3-1, mas na minha opinião foi um resultado justo.

“Trubin defendeu uma bola importante que seria o 3-1. Ainda assim, foi um resultado justo”

O estado do relvado dificultou a estratégia...

—Quando se marca primeiro é mais fácil defender num campo destes do que atacar. Foi difícil fazer combinaçõe­s e para os jogadores adaptarem-se ao estilo de jogo perante as circunstân­cias. Há 20 anos jogava-se muito neste tipo de condições, faz parte do futebol encontrar circunstân­cias difíceis como as de hoje, mas não foi uma vantagem para qualquer das equipas, foi igual para as duas. Gostava de jogar num campo bom, mas as duas equipas tentaram fazer o melhor.

“Há 20 anos jogava-se neste tipo de condições, não foi uma vantagem para qualquer uma das equipas”

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Schmidt valorizou a exibição dos seus jogadores

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