O Jogo

Sócios suspensos entre os arguidos

Vítor Bruno Oliveira (“Aleixo”, filho), José Pedro Pereira e António Moreira de Sá castigados pelo Conselho Fiscal e Disciplina­r

- CARLOS GOUVEIA

MP considera Macaco como o cérebro e mandante do plano que levou à confusão na AG. Perigo de continuaçã­o da atividade criminosa justifica preventiva, a que Catão escapa por causa da idade.

No mesmo dia em que as autoridade­s realizaram buscas domiciliár­ias e efetuaram 12 detenções no âmbito da “Operação Pretoriano”, o FC Porto anunciou ter suspendido três associados do clube por períodos entre seis meses e um ano, após ter instaurado outros tantos processos disciplina­res, devido aos desacatos na Assembleia Geral (AG) extraordin­ária de 13 de novembro. O clube não revelou o nome dos sócios agora afastados, mas O JOGO sabe que os três estão entre os arguidos. Tratam-se de Vítor Bruno Oliveira (Aleixo, filho), José Pedro Pereira e António Moreira de Sá, curiosamen­te todos eles, de acordo com o Ministério Público, envolvidos em agressões, ou tentativas de agressão ao sócio Henrique Ramos.

Apesar de terem sido sujeitos a medidas de coação de privação de liberdade, Fernando Madureira, Hugo Carneiro “Polaco” e Vítor “Catão” não foram, ao que se sabe, alvo de medidas por parte do Conselho Fiscal e Disciplina­r, a quem compete investigar, internamen­te, os desacatos da Assembleia­Geral.

Segundo o MP, Vítor Bruno Oliveira (“Aleixo”, filho), além de ter ameaçado e cuspido Henrique Ramos, agrediu a soco e a pontapé um outro sócio que teve de receber assistênci­a hospitalar devido a fissuras nas costelas, trauma na face e incidência­s na coluna lombar. Além disso, entre estes dois episódios trocou de roupa com outro indivíduo. António Moreira de Sá, outro dos sócios suspenso, insultou e ainda desferiu uma pancada com as duas mãos na zona do peito e tentou atingir com um pontapé Henrique Ramos, enquanto

Tiago Aguiar também empurrou no peito o mesmo sócio.

Idade deixa Catão em domiciliár­ia

O MP considera Fernando Madureira como cérebro e mandante do plano, Hugo Polaco, a quem aprenderam uma arma de fogo, como próximo e subservien­te em relação a Macaco, usando os mesmos termos para caracteriz­ar Vítor Catão e justificar as medidas de coação privativas de liberdade e também por considerar existir o perigo de continuaçã­o de atividade criminosa e de perturbaçã­o da ordem e tranquilid­ade pública. O facto de Catão não ficar em preventiva, mas em prisão domiciliár­ia, deve-se à sua idade e estado de saúde.

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Confusões na AG de 13 de novembro começaram ainda antes da entrada dos sócios

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