O Jogo

O general Schmidt no seu labirinto

- Vitor.santos@ojogo.pt

O Benfica livrou-se de boa em Guimarães, onde o Vitória controlou e foi melhor até ficar a jogar contra dez. Schmidt voltou a equivocar-se, mas corrigiu, sem, contudo, impedir o Sporting de se colar à frente.

Rúben Amorim vaticinou a possibilid­ade de o leão ser líder da Liga quando chegar o Dia de S. Nunca, esse mesmo que está a pensar, o dia em que se disputar o Sporting-Famalicão. Com menos uma partida contabiliz­ada, o Sporting já apanhou o Benfica na liderança e, melhor ainda, voltou a exibir uma frescura e uma capacidade que nenhuma outra equipa na Liga consegue mostrar. Toda a gente sabe como os leões jogam, o treinador não esconde nada, troca uma ou outra peça e a dinâmica demolidora mantém-se.

É curioso que, ao contrário do que acontecia na temporada passada, Roger Schmidt até mexe mais. E talvez a qualidade exibiciona­l das águias ajude a perceber por que razão mais vale não mexer. O treinador alemão tem um conjunto de jogadores muito forte, mas parece não saber o que fazer com eles. Ontem, com aquele terreno quase impraticáv­el em Guimarães, subtraiu o ponta-delança para apostar na mobilidade de dois levezinhos – Di María e Rafa –, no meio daquelas torres do Vitória, que aproveitou muito bem para sufocar as águias. Nem o facto de os dois mais leves terem produzido um golo em cima do intervalo serve para justificar a aposta. A correção, com as entradas de Florentino e Arthur ao intervalo, provam que Schmidt percebeu o erro. A realidade da tabela classifica­tiva diz-nos agora que o Sporting já encostou ao comando, mesmo com menos um jogo, porque o Benfica perdeu dois pontos em Guimarães e até podia ter deixado lá três. E o FC Porto também pode, caso vença hoje em Arouca, colocar pressão sobre as águias, que não tarda visitam o Estádio do Dragão.

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