O Jogo

Reparos na frente com 45 minutos de atraso

Schmidt devia ter adaptado a estratégia às condições do relvado, dizem ex-jogadores, que não entendem a opção de começar com Arthur Cabral no banco, até pela forma atual

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João Manuel Pinto e Luís Filipe defendem que o camisola 9 deveria ter sido titular para potenciar o momento alto pelo qual está a passar. Florentino também devia ter começado de início, refere-se.

RITA DA SILVA VIEIRA

Roger Schmidt explicou, no final do jogo com o V.Guimarães, o raciocínio que o levou a entrar em campo sem um ponta-de-lança, com os três do plantel disponívei­s e no banco. O técnico queria mais mobilidade no ataque, com maior liberdade para Rafa e Di María. Um plano que no papel até poderia funcionar, mas que não era o indicado para o jogo em Guimarães, defendeu João Manuel Pinto a O JOGO. O ex-jogador e agora treinador explica que tendo em conta a chuva forte e o estado do relvado era necessário ajustar o plano inicial. “Nós treinadore­s temos sempre de ter, até ao início do jogo, um plano A, B e C. Para além disso, para jogar em Guimarães, que está a fazer um bom campeonato, tem de se entrar muito forte, não pode entrar como entrou. Percebeu-se logo quando se viu o onze que o Benfica ia jogar sem uma referência no ataque. Não se compreende. Quando se vai para um jogo com o campo e com o clima como estavam, sabia-se que ia ser difícil fazer o jogo que queria e o Benfica apresentou-se para atacar a profundida­de...mas com o campo assim, tem de se mudar de plano, sem dúvida”, considerou.

O técnico lembrou ainda que a entrada de Arthur Cabral fez a diferença: “Eu entendo, porque também sou treinador, que há jogadores intocáveis e que insistimos neles, mas o Benfica não está a render. É preciso mais agressivid­ade e intensidad­e. Florentino devia ter jogado e com Arthur Cabral até Rafa teve mais espaço. O Benfica deu 45’ de avanço, apesar de o V. Guimarães ter estado muito bem.”

Da mesma opinião é Luís Filipe, ex-jogador dos encarnados, que ao nosso jornal defendeu também a ideia que os encarnados jogaram com uma parte de atraso. “O Benfica não pode jogar sem ponta-de-lança,principalm­enteseestã­odisponíve­is e em boa forma de confiança. Isso dá uma indicação de que não quer ganhar. Tendo ainda em conta o estado do relvado, parece-me que Rafa e Di María teriam mais dificuldad­es. Quase parece uma ideia de equipa pequena. Atendendo às mudanças na segunda parte, a ideia de Schmidt estava errada, foi preciso corrigir durante o jogo, mas já tinha dado 45’ de avanço”, explicou, destacando ainda o momento de forma de Arthur Cabral nos últimos jogos com a sequência a marcar (ver página 16): “Estava num pico de confiança, sempreamar­car. Paramimnão tem cabimento não jogar”.

“Atendendo às mudanças na segunda parte, a ideia de Schmidt estava errada”

Luís Filipe Ex-jogador do Benfica

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Roger Schmidt mereceu críticas pela estratégia utilizada de início no D. Afonso Henriques

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