O Jogo

A ARMADA ESPANHOLA QUE ARRASA NO ATAQUE

Dos 35 golos marcados pela equipa na I Liga, 80 por cento tiveram assinatura de Mujica, Cristo, Jason e Montero, que brilharam, em níveis diferentes, na vitória histórica sobre o FC Porto

- CRISTINA AGUIAR

Os arouquense­s garantiram o quarto triunfo seguido, sequência inédita deste que estão na I Liga, e Rafa Mujica já leva 30 golos, em duas épocas, mas ainda está longe de alcançar o rei Joeano (47).

Nunca fez tanto sentido falaremmat­adoresnoca­mpeonato português. O Arouca valida esse termo profusamen­te utilizado na gíria futebolíst­ica dos melhores finalizado­res. O quarteto espanhol composto porMujica,Cristo,JasoneMont­ero assinou, em conjunto, 80 por cento dos golos da equipa estaépoca.Umregistoc­ircunscrit­o à I Liga, na ressaca da vitória histórica sobre o FC Porto, a primeirano­EstádioMun­icipal. Mujica, Jason e Cristo sentenciar­am o resultado (3-2).

Em Arouca ninguém se atreve a dizer de que de “Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos”. É um cliché de tempos de rivalidade histórica fronteiriç­a que não se aplica neste caso. Além de união, conforme frisou Francisco Matos, adjunto de Daniel Sousa, no final do resultado triunfal, há também festa brava neste plantel, com Rafa Mujica na frente do cortejo. O ponta-de-lança espanhol é o artilheiro principal e o melhor do clube na I Liga (21 golos), mas tem bom acompanham­ento de Cristo e de Jason. O central Montero entra nesta lista castelhana, mas só faturou uma vez. Ao todo, o quarteto espanhol assinou 28 dos 35 golos marcados pela equipa na corrente temporada.

Rafa Mujica é música para os ouvidos dos arouquense­s, que não esqueceram, certamente, Joeano, que continua a ser o rei dos goleadores, com 47, apontadosn­osescalões­secundário­s, porque não seguiu com o Arouca para o grande palco do futebol nacional. Mujica, com 30 no total das provas, está a dois de igualar o português Roberto (32), goleador que se segue a Joeano.

Entre históricos matadores no Arouca figuram ainda André Silva, que se transferiu para o V. Guimarães, ou o extremo, Bukia, que deixou o clube no mercado de inverno para rumar à Tunísia. O atacante congolês fez 175 jogos e marcou por 24 vezes e será ultrapassa­do, em breve, por David Simão em relação à frequência de utilização. Adílio Santos, outro extremo, também tem lugar entre goleadores, com os mesmos golos de Bukia, mas com menos presenças na equipa. O central João Basso (19) destoa neste lote de quem joga no ataque.

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Furacão Mujica já está no pódio de goleadores históricos do Arouca

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