O Jogo

HENRIQUE COMEÇA COM AMIGO

Treinador está no clube pela terceira vez e inicia a luta pela permanênci­a contra Nuno Manta, seu antigo adjunto

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Aos 69 anos, Henrique Nunes voltou a assumir um projeto de Liga 3, depois de ter passado pelo S. João de Ver, pelo qual assegurou a permanênci­a em 2021/22. A missão será agora mais dura, mas acredita no êxito.

ANDRÉ BASTOS

Henrique Nunes foi o escolhido para render Pedro Oliveira, que deixou o comando da Sanjoanens­e no final da fase regular da Liga 3. O clube inicia a fase de permanênci­a em lugar de descida, só com mais um ponto do que o Vianense, e, por isso, o treinador considera que é necessário começar já a ultrapassa­r adversário­s e devolver a equipa às vitórias, mais de dois meses depois. A estreia acontecerá na receção ao Trofense, rival liderado por Nuno Manta, seu antigo adjunto no Feirense.

O que o levou a aceitar este convite da Sanjoanens­e?

—Foi a vontade de querer recomeçar a treinar. Estou perto de casa e acabei por aceitar. Temos como grande objetivo tentar a permanênci­a da Sanjoanens­e na Liga 3, sabendo que vai ser difícil.

Esteve mais de um ano parado. Já tinha saudades de sentir o cheiro da relva?

—Custou-me um bocado reatar, depois de um ano e três meses parado, mas é uma questão de tempo. Com o interregno da primeira fase para a segunda, dá tempo para que nos adaptemos e também para os atletas se adaptarem àquilo que quero.

Já tinha passado duas vezes pela Sanjoanens­e. O que significa para si este regresso?

—Vivo perto da cidade de S. João da Madeira e tenho aqui imensa malta amiga. Houve alguns jogadores que jogaram comigo e são naturais daqui. Nomeadamen­te o José Maia, que infelizmen­te já não está cá. Foi meu jogador da primeira vez que treinei a

Sanjoanens­e; na minha segunda passagem era o presidente do clube. Ainda encontrei alguns elementos da secretaria das minhas outras épocas no clube.

Há cerca de dois anos abraçou o projeto do S. João de Ver, também com o objetivo permanênci­a. Dá-lhe vantagens?

—Alguma vantagem dará. Quando fomos para S. João de Ver, acabámos por ter mais tempo porque ainda entrámos na primeira fase; aqui já entrámos na segunda e estamos num lugar de descida. Não podemos ser ultrapassa­dos e teremos que, pelo menos, ultrapassa­r um adversário. São situações diferentes, mas em ambas há o objetivo permanênci­a.

Na primeira fase da competição, a Sanjoanens­e chegou a estar nos quatro primeiros e depois terminou no penúltimo lugar. Como encontrou o balneário?

—Temos um plantel extremamen­te jovem, com uma determinaç­ão grande, vontade de trabalhar e de melhorar naquilo que puder, assimiland­o as minhas ideias para podermos partir para esta fase e concluir o grande objetivo que temos. Sabemos que é difícil, já que as equipas são todas semelhante­s e extremamen­te competitiv­as.

Curiosamen­te, o primeiro jogo da nova etapa é contra o Trofense, orientado por Nuno Manta, que foi seu adjunto nos tempos do Feirense. Já falaram sobre esse duelo?

—Por acaso estivemos no workshop da Liga 3, na Cidade do Futebol, e encontrámo-nos lá. Ainda não abordámos o jogo, até porque o sorteio ainda não tinha sido realizado, mas é sempre bom encontrar malta com quem já não estava há algum tempo, ainda mais vivendo na mesma cidade, em Santa Maria da Feira. Espero que seja um encontro agradável. Era importantí­ssimo ganharmos o primeiro jogo, independen­temente de se tratar do Trofense, embora reconheça que é um dos melhores plantéis da Liga 3, que ficou aquém na primeira fase. Esta é uma liga muito competitiv­o e permite que todas as equipas cheguem a esta fase com hipóteses. Em anos anteriores houve clubes que estiveram a lutar pela subida e que, depois, acabaram por descer. Vai ser uma grande luta!

Por aquilo que conhece do plantel há condições para alcançar os objetivos estabeleci­dos?

“Temos um plantel muito jovem, com muitos jogadores provenient­es das divisões distritais do Porto. Tirando quatro ou cinco, que já estiveram em campeonato­s maiores, os outros vêm de divisões inferiores”

“Custou-me um bocado reatar, depois de um ano e três meses parado, mas é uma questão de tempo. Com o interregno da primeira fase para a segunda, dá tempo para que nos adaptemos”

—Temos um plantel muito jovem, com muitos jogadores provenient­es das divisões distritais do Porto. Tirando quatro ou cinco, que já estiveram em campeonato­s maiores, os outros vêm de divisões inferiores. Não temos muita experiênci­a, mas acredito no seu valor.

Há favoritos a apontar nesta fase de permanênci­a/descida?

—Acho que Anadia, Fafe, Trofense, Canelas e Vianense são equipas muito parecidas. Isso viu-se na primeira fase, por isso não aponto favoritos, embora considere que o Trofense apresenta um plantel superior.

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Henrique Nunes Treinador da Sanjoanens­e
A SANJOANENS­E É O 14.º CLUBE NA CARREIRA DO TREINADOR HENRIQUE NUNES, QUE TEM COMO ADJUNTO O HISTÓRICO CARLOS SECRETÁRIO Henrique Nunes Treinador da Sanjoanens­e

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