O Jogo

A crise de um Dragão intermiten­te

- Jorge.maia@ojogo.pt

As expectativ­as de uma recuperaçã­o por parte do FC Porto no campeonato já não alimentam o mais otimista dos portistas. Sobra a Taça e a Champions para evitar que o resto da época seja uma via sacra.

Normalment­e, as notícias que dão conta do fim das aspirações do FC Porto ao título são francament­e exageradas. Aconteceu na última época, quando os dragões chegaram a deixar o Benfica cavar um fosso de oito pontos de vantagem na liderança para terminarem o campeonato a apenas dois de distância. Mas o atual cenário é diferente. Nem tanto pelos sete pontos que separam os portistas da dupla da frente, que podem ser dez para o Sporting quando os leões cumprirem o jogo em atraso com o Famalicão. Sobretudo,

pela intermitên­cia exibiciona­l que tem marcado toda a temporada e que se consubstan­cia nas quatro derrotas sofridas, igualando o pior registo da era Conceição, nos 18 pontos desperdiça­dos quando o anterior máximo foram 22 e, de forma ainda mais clara, nos escassos 35 golos marcados que lhe valem o quarto melhor ataque da prova a par de Arouca ou Estoril e refletem claramente as dificuldad­es que a equipa tem sentido no capítulo da finalizaçã­o. E se é admissível que o FC Porto possa melhorar de rendimento na ponta final da temporada – piorar começa a ser complicado – é improvável que os dois rivais da frente sofram, ambos, a hecatombe que seria necessária para serem ultrapassa­dos nas últimas 13 jornadas. Claro que o FC Porto ainda tem objetivos para cumprir. Na Taça de Portugal, onde mantém aspirações à revalidaçã­o do título, na Champions, onde se tem transfigur­ado, e até na corrida ao título onde, com dois clássicos para disputar no Dragão, ainda tem um palavra importante a dizer, mesmo que essa palavra não seja “campeão”.

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