Thijssen serpenteou até levar o prémio
Sprinter belga é o primeiro líder da Volta ao Algarve, que abriu em Lagos cumprindo o guião habitual, apesar da chuva e das quedas
Velocista da IntermarchéWanty somou o segundo triunfo em cinco dias de corrida, enquanto os homens da geral se protegeram para hoje subirem à Fóia. Van Aert até teve... dia de descanso.
CARLOS FLÓRIDO
Quando o pelotão, reduzido por uma queda, entrou na longa Avenida dos Descobrimentos, em Lagos, Gerben Thijssen perdera a “boleia” do seu lançador, Laurenz Rex. O belga, de 25 anos, tinha nove homens à sua frente, incluindo o colega, quando Rui Oliveira engatou a última mudança e foi o primeiro a iniciar o sprint. Com um slalom entre os adversários raramente visto, o velocista da IntermarchéWanty foi atrás e não só ultrapassou todos (pelo meio!) como venceu com uma bicicleta de vantagem. A 50.ª Volta ao Algarve abria com a habitual chegada em pelotão, mas o desfecho era memorável.
Thijssen,quefestejouanona vitória da carreira, todas nos últimos quatro anos, leva a segunda da época, em apenas cinco dias de corrida (e quatro sprints). Era um dos candidatos em Lagos e a Intermarché trabalhou para ele, mas não tinha a cotação de Arnaud Démare, que teve a Arkéa a rebocar o pelotão para ser apenas quinto. E muito menos a de Wout van Aert, que foi 135.º e sofreu um susto numa das quedas geradas pela chuva. “Ele vinha cansado de Almeria e da Clássica de Jaen. Decidimos dar-lhe um dia de descanso”, revelou Marc Reef, diretor desportivo da Visma.
“O ano passado não comecei bem e neste já levo duas vitórias em fevereiro, é incrível. Foi um sprint difícil, mas tive oscolegasalutarpormim”,disse o eufóricoThijssen, que hoje deve perder a camisola amarela, pois a segunda etapa acaba no alto da Fóia, junto à estátua de Remco Evenepoel. “Estou satisfeito por escapar às quedas e chegar sem incidentes. A próxima etapa é importante. Conheço a subida, gosto dela e vou muito motivado”, contou o favorito da Algarvia.