Amorim “Qualquer golo faz diferença”
Apesar de considerar a vitória justa, o técnico do Sporting queria melhor definição em contra-ataques
Mexeu a pensar na gestão e revela que Gyokeres ficou “estupefacto” quando percebeu que ia sair. Admitiu alguns momentos de frustração e reconheceu: “Tive treinadores assim e não gostava nada”.
●●● Rúben Amorim destaca a capacidade do Sporting, mas realça que a eliminatória não está fechada.
A vitória tranquiliza-o?
—Estamos mais perto dos oitavosdefinal.Temosumavantagem de dois golos, mas a eliminatória, apesar de mais encaminhada, não está fechada. Os percalços estão sempre ao virar da esquina.
Adán foi decisivo?
—Já deu provas disso no Sporting. Foi mérito dele, aguentou-nos algum tempo. Não fomos perfeitos no passe, foi um jogo dividido em transições, mas tivemos oportunidades. Falhámos na definição. Não podemos sofrer aquele golo logo depois de marcarmos. Com o golo do Inácio quebrámos o Young Boys e a vitória é inteiramente justa.
A equipa está com uma dinâmica de campeã?
—Vamos ver no fim. Não ganhámos nada, mas sinto que a equipa acredita que pode ganharemqualquerlado.Aequipa constrói sempre de trás, sente que pode sempre marcar. Isso vem da confiança.
Fez alguma gestão tendo em conta o sintético?
—Fizemos a gestão porque precisamos de pensar a longo prazo. Mesmo com as mexidas o jogo esteve sempre controlado. Amanhã [hoje] podem estar mais queixosos porque o piso é mais duro, mas acredito que estarão todos aptos.
Tinha pensado dar minutos a Koindredi e Nel?
—O Nel é um jogador da formação.Todostêmdeestarpreparadosporquesomosumclube formador. Era para aproveitar o espaço. No Koindredi viu-se muito potencial em tudo o que fez, estamos muito satisfeitos. O jogo proporcionou que entrassem.
A condição de Gyokeres preocupa?
—Nada. Saiu por gestão. Ele olhou para o banco e ficou estupefacto quando percebeu que ia sair. Tem muita fome de golos e terá muitos jogos para marcar. Havia espaço para ele aproveitar e podia ter marcado mais, mas pensei em geri-lo. Mesmo o Nuno Santos diz sempre que está bem, mas há coisas que não pode esconder. Estava cansado.
No banco mostrou algum desagrado...
—Tento controlar essa forma de estar, mas às vezes ficamos frustrados. Não gostei da definição nas transições ofensivas. Qualquer golo na Europa faz diferença. Já lá estive dentro e sei que não ajuda nada. Tive bastantes treinadores assim e não gostava nada.
“Não está fechado. Os percalços estão ao virar da esquina”
Rúben Amorim Treinador do Sporting