O Jogo

Jankovic ao comando de manual eficaz

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PEDRO CADIMA

Lição de rotinas, de pragmatism­o, de eficiência. Toda a equipa azeri foi superior, e só mesmo o guarda-redes revelou inseguranç­as ao largar algumas bolas. Laterais muito capazes, centrais eficazes, médios cientes do seu papel, com Jankovic a convocar, sem rival, a coroa da noite. Na frente, acutilânci­a máxima para ferir uma equipa arsenalist­a desgoverna­da no setor defensivo.

DEFESA

A consistênc­ia dos azeris não saiu ferida pela baixa de Vesovic, os centrais Huseynov e Mustafazad­e estiveram imperiais em vários momentos. Nas laterais, Matheus Silva tratou de fechar qualquer caminho a Abel Ruiz, deixando Jafarguliy­ev, pela esquerda, crescer mais ofensivame­nte e ganhar um penálti. Bayramov também entrou a tempo de fazer estragos, assistindo para o 1-4.

MEIO-CAMPO

Conhecido da passagem pelo Santa Clara, Júlio Romão fez de muralha, olhou os rivaisde frente e anulou-lhe as intenções com ótimo sentido posicional. Cómodo, bem liberto para criar, Jankovic fez de tudo no Qarabag. Primeiro, converteu um penálti, ainda salvou o golo na cabeçada de Niakaté, apesar da bola ter sobrado para Banza. Nunca se conformou, chegou-se à área e acabou derrubado por Paulo Oliveira para o livre, que renderia o segundo. Acelerou num roubo a Pizzi e desenhou a jogada do quarto golo.

ATAQUE

Tremenda capacidade dos homens da frente perante um Braga permeável a dissabores e atordoado a cada assalto contrário. Desde cedo, percebeu-se que Benzia e Zoubir, pura aliança magrebina, estavam afinados e desejosos de provocar o descalabro. Fizeram-no com velocidade e criativida­de, cada um fazendo o seu golo e embalando a eliminatór­ia em favor do Qarabag. Juninho, muito bem assistido por Zoubir, juntou-se à festa.

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