Desler assustou numa equipa de tração atrás
Fechar linhas, jogar muito recuado, sair apenas pela certa e muito esporadicamente. Foi esta a estratégia de uma equipa muito curta, mas combativa, que resistiu porque do lado contrário faltou a agressividade que caracteriza os vencedores
Defesa
Com apenas 18 anos, o guardião Restes foi apenas batido da marca de penálti e, por incrível que pareça, apenas foi obrigado a uma grande defesa, por instinto, a tiro de Arthur Cabral. Destacou-se neste setor e no coletivo, o lateral direito Desler, que fechou o flanco a Carreras, João Mário e Aursnes, tendo sentido mais dificuldades perante Neres, já depois de... ter assustado a Luz com o golo do empate. Nicolaisen foi eficaz e Logan Costa borrou a pintura ao cometer um penálti, tal como Mawissa, que entrou na segunda metade. Diarra beneficiou da ajuda de Suazo, mas deu espaço a Di María.
Meio-campo
No miolo viu-se uma dupla de combate, com Sierro e Spierings apenas preocupados em matar jogadas e apagar linhas de penetração, com boa colocação e muita apetência para a falta. Cásseres e Skytta, que seriam mais criativos, foram lançados em palco na segunda metade e alinharam pela mesma música, mais de batida, sem sons harmoniosos.
Ataque
Carles Martínez apostou em Gabriel Suazo, habitual lateral canhoto, como ala esquerdo, numa tentativa de ajudar a tapar o flanco às investidas de Di María e Aursnes, algo que o chileno procurou fazer, mostrando ser um jogador com qualidade, que procurou ainda conduzir lances de ataque. Gboho apresentou velocidade como cartão de visita mas problemas na definição e o goleador Dallinga, que até fez uma assistência quase involuntária para Desler, movimentou-se bem mas foi anulado. Assim como Magri e Babicka, que entraram na segunda parte.