O Jogo

Schmidt “Nem tudo foi perfeito, falhámos golos”

O treinador do Benfica não estava à espera de enfrentar tantas dificuldad­es, mas promete mais e melhor no encontro da segunda mão

- CARLOS MANUEL LOPES

O alemão lamentou as oportunida­des falhadas e o erro defensivo que esteve na origem do golo do Toulouse. Explicou a opção por Carreras em detrimento de Bah e salientou a justiça no resultado.

“Na primeira parte faltou um pouco de intensidad­e com e sem bola, mas também tivemos bons momentos”

Schmidt viu o Toulouse marcar “na única oportunida­de” num jogo em que o Benfica teve “a mentalidad­e certa”. Quanto aos assobios dos adeptos, diz que tem de “tomar decisões”.

Que análise faz ao jogo?

—Na primeira parte poderíamos ter feito um pouco melhor no que diz respeito à velocidade do jogo, intensidad­e com e sem bola, mas, mesmo assim, ainda na primeira parte, criámos oportunida­des muito boas para marcar. O Toulouse teve sempre muitos jogadores atrás, procurou os contra-ataques, mas também mostrou qualidade. Não é fácil, porque temos de correr mais riscos. É por isso que o jogo foi difícil. Procurámos conseguir um bom resultado para a segunda mão, cometemos um erro no golo do Toulouse, na única oportunida­de que criou. A equipa teve a mentalidad­e certa e lutou até ao último segundo. Marcámos em dois penáltis claros, poderíamos ter feito mais golos e vencer é sempre bom.

“Tenho de concentrar-me no jogo. Adeptos têm sempre opinião sobre tudo. É normal. Isso não é um problema”

O resultado foi melhor que a exibição?

—Jogámos melhor do que aquilo que o 2-1 mostra. Tivemos muitas chances, dentro e fora da área. Tivemos ocasiões para marcar mais do que dois golos. Nem foi tudo perfeito, na primeira parte faltou um pouco de intensidad­e com e sem bola, mas também tivemos bons momentos.

O que disse aos jogadores ao intervalo?

—Num jogo internacio­nal defrontamo­s adversário­s com qualidade. Eles tinham muitos jogadores atrás da bola e esperavam por nós. Tivemos alguns momentos na primeira parte mas podíamos ter mais agressivid­ade e velocidade. Foi o que discutimos, acelerar o jogo. Fizemos uma segunda parte melhor.

O que queria quando trocou Carreras por Bah e meteu Aursnes à esquerda?

—Havia problemas naquele lado, nomeadamen­te a defender. Bah é muito dinâmico e muito bom a atacar, para ajudar Di María. Aursnes estava muito bem e não era uma opção para mim tirá-lo.

“Jogámos melhor do que aquilo que o 2-1 mostra. Tivemos muitas chances, dentro e fora da área”

A Liga Europa é a melhor forma de limpar a imagem na Champions?

—Nos últimos dois anos mostrámos grande imagem do Benfica na Champions.

Adeptos mostraram insatisfaç­ão com a exibição e com as substituiç­ões. Considera as críticas dos adeptos justas?

—Tenho de concentrar-me no jogo.Adeptos têm sempre opinião sobre tudo. É normal. Isso não é um problema. Tenho de tomar as decisões que considero serem certas para a equipa. O Arthur esteve bem, mas a determinad­a altura estava cansado e precisávam­os de nova energia no ataque e foi por isso que entrou Marcos [Leonardo], que sofreu o penálti. As substituiç­ões foram boas. Bah e Neres também entraram bem.

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Roger Schmidt pediu mais velocidade ao intervalo

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