“Sofrer aos 90 é muito mais que falta de sorte”
João Pedro Sousa não quer que os jogadores se atirem para o chão a queimar tempo, mas assume que falta experiência no momento de controlar os jogos
O treinador assume a responsabilidade de alguma falta de maturidade e confirma que se sente “intranquilidade” no seio do grupo, porque o desejo de ganhar é grande. Rio Ave está “mais difícil de bater”.
JOÃO MAIA
●●●Um golo no tempo de compensação tirou ao Famalicão a possibilidade de sair de Faro, na última jornada, com três pontos e João Pedro Sousa puxou para si a responsabilidade das escorregadelas nos descontos. “Não digo que falta manha, mas disse aos jogadores que foi um problema meu. Nunca vou pedir a um jogador para ficar no chão, mas sim para ficar com a bola”, sublinhou. “Neste último jogo [em Faro] estivemos a vencer 70 a 75 minutos. O nosso departamento médico entrou uma vez na primeira parte. Se tivesse sido ao contrário, o Farense ganhava. São as regras do jogo e não é nenhuma crítica ao Farense. Temos de jogar melhor esse jogo”, reforçou, continuando com os exemplos práticos. “Quando acontecem determinadas situações, deixa de ser falta de sorte. Se foi a segunda ou terceira vez que sofremos golos aos 90 minutos, é muito mais do que isso”, comentou.
O“Fama”vemdetrêsrondas sem ganhar – duas derrotas e um empate – e, por isso, sente-se “intranquilidade” no
grupo. “Confirmo que os jogadores e o treinador sentem intranquilidade, mas é porque queremos ganhar”, explicou. Quanto ao Rio Ave, adversário desta noite, João Pedro Sousa entende que está “mais difícil de bater”. “Na primeira volta disse que tirava o chapéu ao Luís Freire devido às dificuldades na construção do plantel [impedimento de contratar jogadores], entretanto chegaram reforços com qualidade e se o Rio Ave era difícil de bater, agora ainda mais”, elogiou.