Um dragão de ouro e um azul celeste
Ricardo Ares dirigiu, em San Juan, um “clinic” às futuras estrelas argentinas antes da estreia do FC Porto no Mundial de Clubes
É já esta noite (00h30) que o campeão europeu defronta o Lomas de Rivadavia, “vice” sulamericano, rumo a um título que o treinador ensinou como se ganha a jovens apaixonados.
MANUEL PÉREZ
Uma escala em Madrid, outra em Buenos Aires e, na chegada a Mendonza, mais três horas de caminho em autocarro. Só ao cabo de um dia em trânsito, o FC Porto se instalou confortavelmente em San Juan. Como seria de esperar, é grande o interesse em redor da presença do atual detentor da Liga dos Campeões e de todos os outros títulos nacionais e planetários. Daí ter cabido a Ricardo Ares abrir, ontem, a primeira de duas clínicas promovidas pela secretaria do Ministério do Turismo, Cultura e Desporto argentinos.
Tratando-se de um projeto sócio-desportivo e de procura de talento, o treinador catalão, de 48 anos e com brilhante currículo, abordou a estrutura do treino para jogadores de campo e guarda-redes. “É sempre magnífico poder transmitir conhecimento através do hóquei e receber esta paixão que se vive constantemente aqui, em San Juan”, destacou Ares, após ser “ouvido atentamente por um nutrido grupo de técnicos, jogadores e amantes do hóquei em patins, na pista e nas ban
cadas do estádio Aldo Cantoni”, como publicitou o comité organizador.
Na 21.ª edição da Taça Intercontinental, Portugal está também representado por Sílvia Coelho, única mulher num grupo de oito árbitros. “É algo indescritível, é uma sensação de prazer e orgulho, o reflexo do meu trabalho e dedicação”, afirmou a antiga guarda-redes e técnica. Questionada a propósito de ser a nata feminina, deu uma boa reposta: “Estou muito habituada. Em Portugal sou atualmente a única na primeira divisão”.
“É sempre magnífico poder transmitir conhecimento através do hóquei em patins”
Ricardo Ares Treinador do FC Porto